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Em Teixeira, o prefeito foi derrotado

13/10/2014 - 11h00

FOCO NO PODER

Por Dilvan CoelhoFoco no poder Dilvan

A disputa no segundo turno será acirrada

O resultado do primeiro turno foi o seguinte: Dilma 42%, Aécio 34% e Marina 21%. A primeira pesquisa divulgada depois do primeiro turno mostra um crescimento acentuado de Aécio, que aparece com 46% das intenções de voto, e Dilma, 44%. Nota-se que Aécio cresceu 12% e a candidata à reeleição apenas 2%. Isso mostra que a capacidade de crescimento de Aécio é bem superior a de Dilma. O apoio de Marina Silva ao tucano fará com que o eleitor dela prefira Aécio a Dilma. Na pesquisa da Istoé/Sensus realizada antes do apoio oficial de Marina, a diferença aumentou a favor de Aécio, que está com 17 % na frente. Vamos aguardar os próximos lances, mas, o peessedebista está demonstrando que com sua proposta de mudança tem maior capacidade de crescimento do que a petista.

Mais uma vez a virada na Bahia surpreendeu

O governador Jaques Wagner saiu fortalecido das urnas de tal forma que, se Dilma ganhar, será um dos homens de ouro do governo. Provavelmente, ocupará um ministério estratégico. As explicações para a virada são as mais diversas. Mas, a colagem da imagem de Rui Costa a Lula e a presidenta Dilma foi a estratégia que mais influenciou no resultado, segundo alguns analistas políticos, mesmo porque na Bahia ela teve 61% dos votos válidos. Sem dúvida, o peso da máquina influenciou muito, sobretudo nos municípios da base governista, aonde o peso da máquina influenciou no resultado.

Em Teixeira, o prefeito foi derrotado

Com o resultado das urnas, o prefeito saiu fragilizado, porque os seus deputados tiveram poucos votos: Erlita, candidata a estadual, teve 5.519 votos, e o federal Josias Gomes, 2.402. A chapa governista perdeu para os adversários. Paulo Souto teve 50% e Rui Costa 41%, para o senado Geddel teve 45% e Otto Alencar 43%. Enquanto Dilma teve 42%, mais baixo do que a média baiana, que foi de 61%. Portanto, o prefeito João Bosco foi o grande derrotado nas urnas e não tem nada para comemorar. O apoio dele serviu para ajudar derrotar os candidatos que ele apoiou, devido à alta rejeição do seu governo, que ultrapassa 90%.

Sinais evidentes do abuso de poder

Se compararmos pesquisas feitas em alguns municípios a poucos dias da eleição com o resultado nas urnas pode-se constatar que houve uso abusivo do poder. Como exemplo, podemos citar Caravelas, onde a pesquisa mostrava que os candidatos apoiados pelo prefeito tinham uma pontuação bem abaixo do que deu das urnas. Mário Negromonte Jr. tinha 25% e obteve 48%, portanto, cresceu 23%. Marcelo Nilo tinha 11% e fechou com 37%, cresceu 26%. Isso evidencia a compra de votos na véspera da eleição. Existem vários casos em que isso ficou patente.

Vitória ou derrota: uma questão de lógica

Perde a eleição quem erra mais e não ganha, quem acerta mais. Esta é uma lógica da estratégia política e quem ganha não é quem tem o maior exército ou mais recursos, porém, quem sabe utilizar as estratégias oportunas de acordo com o momento. No baixo extremo sul da Bahia, cuja sede é Teixeira de Freitas, teve apenas dois candidatos vitoriosos, um deputado estadual – Robinho, e outro federal – Uldurico Jr. A principal causa da vitória de Robinho foi o apoio de Ronaldo Carletto em várias regiões da Bahia, e a de Uldurico Júnior foi ter o apoio da família Pinto em dois colégios eleitorais importantes – Teixeira de Freitas e Porto Seguro, além de estar numa coligação em que precisou de menos de 40 mil votos para se eleger, este foi um feito de Uldurico Pai, que na realidade se elegeu através do filho.


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