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De esperança a decepção. O que esperar de João Bosco após um ano e um mês de mandato?

26/01/2014 - 18h20

De esperança a decepção. O que esperar de João Bosco após um ano e um mês de mandato?

Coluna Pensando com Coragem

Diz o adágio popular “que o tempo é o senhor da razão”. Isto deveras é verdade. O tempo, às vezes, se encarrega de tantas verdades, que acaba nos surpreendendo. Às vezes, nos mostra que estávamos errados, outras, nos mostra que estávamos certos; fato é que ele nos ajuda a esclarecer muita coisa.

Quando venceu as eleições 2012 com 57,75 % dos votos válidos, João Bosco virou a grande esperança até daqueles que não votaram nele, afinal, estava chegando um sangue novo ao poder, ao povo cabia o dever de acreditar que ele seria um bom prefeito; o que muitos fizeram.

Mas, o tempo passou e a esperança depositada em João Bosco virou decepção, foram 13 meses de muita inércia administrativa, que já levou até quem defendia João com unhas e dentes a se decepcionar e até ter saudade do desastroso Apparecido Staut.

Nestes 13 meses de governo foram tantos escândalos, que, se eu fosse escrever sobre isso, teria que passar a semana escrevendo. A cidade que já estava abandonada por Apparecido, continuou com João, com a diferença: os escândalos de Apparecido eram mais às escuras, os de João são às claras, para todo mundo ver.

Basta dizer que em seu primeiro ano Apparecido não sofreu nenhuma ação de improbidade administrativa para concluir que sua gestão foi menos pior do que a de João está sendo.

Em seu primeiro ano de desgoverno, João já sofreu quatro ações de improbidade administrativa, o que mostra a ganância por fazer o que é errado dentro do governo petista, o que promove certa instabilidade na população, que vive abandonada e vendo o nome da cidade envolvido em escândalos.

Na contramão dos escândalos está a situação da cidade, que continua como se não tivesse prefeito. Acho que isso é para fazer justiça a uma pergunta da filha de João Bosco, que ela lhe fez enquanto ele a levava para escola. Assim disse a sabia menina ao prefeito João Bosco: “Pai, essa cidade não tem prefeito não?”. Na época, a menina reclamava do excesso de buracos que ela via no caminho para a escola.

Isso há uns seis meses, já até imagino o que a filha de João Bosco está lhe dizendo hoje: “Pai, o senhor não tem vergonha de dizer que é prefeito dessa cidade?”. João poderia até perguntar por que, e ela diria: “As ruas não têm patrolamento, tudo cheias de buracos, urubus espalhados pela cidade. O senhor ainda fica dizendo que é prefeito; se eu fosse o senhor teria vergonha”.

Pelo visto, a decepção com João Bosco não é só da população. Ela começa dentro de sua casa, isso porque a filhinha de Bosco talvez não tenha acesso aos inúmeros escândalos envolvendo o pai, porque se ela tivesse, acho que ele diria outra coisa.

Nos quatro cantos da cidade, o sentimento de frustração e decepção com João Bosco é visível em toda a população, até parece que seu maior objetivo é decepcionar a todos.

Se João continuar nesse ritmo, não restará alternativa à população que não seja usar o poder que ela tem de ir para rua e pressionar os vereadores da cidade a tomarem uma importante decisão – ou João começa a administrar a cidade, acabando com os escândalos, ou, o povo vai para rua pra dizer “Chega, João”. Chega de desmandos, chega de inércia administrativa, chega de licitações fraudulentas, chega de deixar a cidade abandonada; chega, João.

Boa semana.

Chega, João.

Jotta Mendes é radialista e repórter


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