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Quem é o maior “Judas” na política do Extremo Sul?

21/04/2014 - 08h28
Coluna Pensando com Coragem

Queridos leitores, vivemos dias especiais, que os mais religiosos apelidaram de Semana Santa. Em seu decorrer, há diversas comemorações, as quais começaram no último domingo, com o tradicional Domingo de Ramos, depois a chamada Sexta-Feira da Paixão; Sábado de Aleluia e, por fim, o domingo de Páscoa.

Vamos por parte ver o que significa cada dia destes.

O Domingo de Ramos

Segundo a tradição, foi o dia em que a Bíblia registra como a “Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém”. Conforme a narrativa bíblica, Jesus adentrou em Jerusalém naquela que seria a última semana do seu ministério na Terra.

Neste dia, para receber Jesus, todos que aguardavam sua entrada em Jerusalém jogaram ramos pelo caminho, como que enfeitando a entrada da cidade que, na época, era a capital de Israel.

Sexta-feira da Paixão

É, justamente, o dia em que Jesus foi preso. Neste dia, segundo a narrativa bíblica, ele foi capturado após orar no Jardim do Getsêmani, onde teria chorado lágrimas de sangue.

Sua prisão aconteceu quando descia do período de oração, sendo recebido por Judas Iscariótes, que vinha ao seu encontro com os soldados para prendê-lo. Como naquela época o povo israelita era muito parecido, Judas teria combinado com os soldados que aquele a quem ele beijasse era Jesus, a pessoa que deveria ser presa, o que, de fato, aconteceu.

Neste mesmo dia Jesus foi julgado e condenado a morte de cruz, por isso, o dia ganhou na tradição católica o nome de sexta-feira da paixão.

O sábado de aleluia

Foi o segundo dia após o dia em que Cristo morreu. Segundo a história sagrada, havia uma tristeza muito grande entre os que seguiam Jesus, afinal, aquele que era considerado o “Salvador da humanidade” estava morto e enterrado, sepultando com Ele a esperança de muitas pessoas.

Foi neste dia que Judas se deu conta de tudo que tinha feito e, arrependido, ele volta aos soldados e devolve as 30 moedas de prata que havia recebido para poder trair Jesus, dizendo que não queria ser culpado pelo sangue de um homem inocente.

Os soldados informam a Judas que Jesus, a quem ele havia traído, estava morto e sepultado, o que levou Judas ao desespero, pois ele havia comido com Jesus, andado com Jesus, orado com Ele, era homem de confiança de Cristo, era ele quem guardava todo o dinheiro de Jesus; foi grande o desespero de Judas ao saber que não podia fazer mais nada e cometeu suicídio.

Segundo a história, ele teria pegado as 30 moedas que recebeu para trair Jesus, jogado em um despenhadeiro e se jogado contra uma estaca, tendo morrido no mesmo lugar. Ele teria sido encontrado morto, no que pegaram as 30 moedas, compraram o local e o sepultaram – este local ficou conhecido como “Campo de sangue”.

Domingo de Páscoa

É um dos mais importantes na história de Jesus, uma vez que, segundo a história bíblica, neste dia Jesus ressuscitou de entre os mortos, indo ao encontro dos seus discípulos, fazendo com que todos testemunhassem a sua ressurreição, fato que levou todos os seus seguidores a o adorar neste dia.

Vamos à história de Judas

Não sabemos ao certo quando surgiu a história de se malhar o Judas no Sábado de Aleluia, fato é que, segundo a tradição, neste dia o povo escolhe seu Judas para ser malhado.

Pela história, o Judas é quem, obviamente, tenha traído o povo. Desde a prisão e morte de Jesus, que Judas virou sinal de traição, é fácil observar que este nome é muito pouco utilizado para dar nome às crianças que nascem, sobretudo pelos evangélicos.

Ninguém quer ser o Judas da história, mas, aquele que acaba não cumprindo o que prometeu, ou, deixando de lado aquilo que se esperava dele, é escolhido como o Judas dos dias atuais, pessoa que terá um boneco com suas características malhado pelos que participam do ritual de Sábado de Aleluia.

Pensando neste principal quesito para escolha do Judas, fazemos a seguinte pergunta:

Quem seria o Judas da política atual?

Quem traiu seus princípios, mudou o discurso e abandou seus amigos?

Quem prometeu fazer uma coisa, fez outra e ainda repudia quem lhe cobra o que prometeu?

Quem beijou o povo no rosto durante a campanha, mas hoje governa de costas para o povo?

Quem vendeu seus eleitores às empresas de fora, abandonando seus princípios e fazendo com que nossas riquezas vão embora?

Quem pode ser considerado o Judas que poderia ser malhado no Sábado de Aleluia?

Em alguns pontos das cidades do Extremo Sul houve diversos Judas.

Nas redes sociais, o Judas mais malhado foi a presidente Dilma.

Seria Dilma uma Judas?

Na Sexta-Feira da Paixão quem se revelou um Judas foi o governador Jaques Wagner, que, após assinar um acordo pelo fim da greve da PM, articulou a prisão do soldado Marco Prisco, vereador de Salvador e considerado líder do movimento paredista da PM.

Seria Jaques Wagner o Judas da Polícia Militar da Bahia?

Marco Prisco foi preso justamente na Sexta-Feira da Paixão.

Seria a prisão de Prisco uma forma de enfraquecer o movimento paredista da PM?

Em Teixeira de Freitas, muita gente elegeu o prefeito da cidade como Judas, chegando a confeccionar bonecos com a cara e o nome dele para ser malhado.

Seria o prefeito o Judas de Teixeira de Freitas?

Bom, isso quem deve decidir é você. Pena que essa semana nossa enquete avalia a administração do prefeito de Teixeira de Freitas, caso contrário, poderíamos fazer uma para que o povo escolhesse quem seria o Judas a ser malhado no Sábado de Aleluia mesmo a data tendo passado, apenas a título da confirmação de nossas suspeitas.

Mas, no próximo ano, se aqui estiver, quero que você me lembre, vamos fazer essa enquete; quem viver verá.

Boa semana a todos e até a próxima.

Jotta Mendes é radialista e repórter 


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