Destaque

Sem receber salários, motoristas interditam garagem de ônibus escolares. Graves denúncias são relatadas

18/11/2015 - 18h22
Onibus parado sem pagamento3

Os motoristas do transporte escolar de Teixeira de Freitas paralisaram na manhã de quarta feira (18), as atividades alegando não recebimento de salários.

Os trabalhadores, atravessaram um ônibus na porta da garagem D.S.K.S, e impediu que os ônibus saíssem para transportar os estudantes.

Onibus parado sem pagamento

Durante a nossa reportagem, diversos motoristas denunciaram as condições em que a empresa ganhou a licitação, e as condições ainda do transporte.

Os fatos

A empresa D.S.K.S, de propriedade Vandelei Eurico Alves Filho, conhecido como “Pejou”, ganhou a licitação do transporte escolar do município de Teixeira de Freitas para CONTRATAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS E OU JURÍDICAS, PARA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE ESCOLAR, DOS ALUNOS DA ZONA URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA DE FREITAS/BA, MATRICULADOS NA REDE PÚBLICA DE ENSINO PARA O ANO LETIVO DE 2015.

A licitação, teve sua homologação no ultimo dia 02 de fevereiro de 2015, com vigência até o término do ano letivo, corresponde a R$ 4.469.060,88 ( quatro milhões quatrocentos e sessenta e nove mil sessenta reais e oitenta e oito centavos).

Segundo diversos motoristas presentes na porta da garagem, o proprietário da D.S.K.S, ganhou a licitação sem possuir nenhum veículo para cumprir o contrato realizado junto a Secretaria de Educação do município.

Onibus parado sem pagamento4

Ainda segundos os trabalhadores, “Pejou”, teria convocado proprietários de ônibus particulares, para que agregassem seus ônibus na empresa, com a promessa de que os mesmos iriam compor a frota de transporte escolar.

O Pejou teria então informado aos proprietários de ônibus que os mesmos deveriam adquirir ônibus mais novos. Diversos trabalhadores então, venderam seus veículos e juntando economias que fizeram ao longo da vida,  entregaram através de depósito bancário, determinadas quantias em espécie para o Sr. Pejou, que teria realizado a compra parcial de alguns ônibus, financiando o restante do valor.

Onibus parado sem pagamento2

Segundo os motoristas, a promessa seria que os ônibus iriam ser passados em nome dos mesmos, e que contratos seriam realizados. Os trabalhadores não possuem carteira assinada ou qualquer vínculo empregatício com a referida empresa.

Passado alguns meses, sem nenhum contrato e expectativa de receber os salários atrasados, os motoristas descobriram que os ônibus que o senhor Pejou havia comprado, tinha sido vendido no mesmo esquema para outras pessoas.

Sem perspectiva de pagamento e de devolução da quantia empregada, os condutores do transporte escolar afirmaram só acabar com a manifestação após o pagamento dos valores devidos. A documentação de alguns veículos estariam ainda irregulares.

O vereador Agnaldo da Saúde esteve presente no local e tentou negociar com os manifestantes para que o ano letivo dos estudantes não fosse prejudicado, mas os mesmos continuaram irredutíveis e mantiveram a paralisação.

Há mais de uma semana que o transporte escolar dos distritos já não tem sido realizado. A falta de combustível seria o fator principal para que os ônibus não tenham feito o deslocamento dos estudantes da zona rural para as escolas.

Durante nossa reportagem, flagramos o estado de conservação de alguns ônibus. Vidros quebrados, pneus carecas entre outros problemas foram identificados.

O problema dos transportes escolares de Teixeira de Freitas, segundo os trabalhadores é de conhecimento do prefeito João Bosco, “João do PT”, que até o fechamento da matéria, não se manifestou a respeito da situação.

Fonte Opovonews


Deixe seu comentário