Neymar

Delegada encerra investigações sobre caso Neymar

31/07/2019 - 15h48Por: Bell Kojima

A delegada, Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, encerrou nesta segunda-feira, 29 de julho, as investigações sobre as acusações de estupro e agressão feitas pela modelo, Najila Trindade, contra o jogador de futebol, Neymar Júnior. A polícia decidiu não indiciar o jogador de futebol pelos supostos crimes.

O relatório da investigação foi encaminhado para o Ministério Público (MP), que terá 15 dias para avaliar a decisão da delegada e elaborar um parecer. As conclusões do MP e da Polícia servirão como base para a decisão judicial.

O inquérito policial foi aberto após boletim de ocorrência realizado no dia 31 de maio por Najila, que contou à delegada que conheceu, Neymar, por meio de uma rede social e depois de dois meses trocando mensagens, Neymar a convidou para ir a Paris para uma visita, com passagens e estadia pagas. Najila, chegou em 15 de maio e à noite do mesmo dia o jogador esteve no quarto dela.

Segundo relato de Najila, o jogador estará alterado e a forçou a ter relações sexuais, sem usar preservativo, o que Neymar desmente. No dia seguinte, Neymar esteve no mesmo quarto e foi agredido por Najila. A modelo gravou o encontro e alegou que buscava uma prova de que se encontrara com o atleta. Sobre os tapas que deu em Neymar, visíveis em vídeo que vazou durante as investigações, ela disse estar revidando as agressões sofridas no dia anterior.

Segundo a delegada, ao longo da investigação, Najila foi ouvida três vezes e Neymar uma vez, além de 12 testemunhas relacionadas ao caso. Entre as provas juntadas ao processo estão o laudo sexológico, o exame de corpo de delito indireto, a ficha de atendimento médico do Hospital Pérola Byington, a ficha de atendimento médico da consulta com o ginecologista particular de Najila em 24 de maio, o laudo do celular de Najila e laudo do tablet do filho da modelo, que foi entregue pelo ex-companheiro da modelo Najila.

Deliberei por não indiciar o investigado (Neymar) por ausência de elementos para tanto. As imagens do hotel de Paris não chegaram até os autos, mas em razão de todo o conjunto probatório verifiquei que essas não se tratavam de prova imprescindível ao inquérito. O não indiciamento não impede o prosseguimento da persecução penal, que depende do Ministério Público”, disse Bussacos.

De acordo com a Delegada do 11º Distrito Policial, Monique Patrícia Ferreira Lima, que investiga o arrombamento do apartamento de Najila e o roubo do tablet no qual estaria o vídeo que comprova o estupro, foi aberto um inquérito policial que investiga o crime contra o patrimônio. Ainda há uma outra investigação com relação a extorsão e denúncia caluniosa. Ambos os processos estão protegidos por segredo de Justiça.

Por isso é prematuro dar algum detalhe da investigação ou mencionar qual seria a responsabilização das partes envolvidas. Nós vamos ouvir as partes envolvidas para apurar se houve denunciação caluniosa ou não”, disse Monique.

A reportagem tentou falar com o advogado de Najila Trindade, Cosme Araújo dos Santos, mas não conseguiu contato. O mesmo aconteceu com assessores e advogada de Neymar.

Edição: Bell Kojima


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