Time de futsal representante de Teixeira de Freitas venceu o zonal da Taça Bahia
O zonal da XXII edição Taça Bahia de futebol de salão, evento coordenado pela Federação Baiana da modalidade, realizado neste final de semana em Teixeira de Freitas, não teve um representante autêntico da cidade disputando, apesar de o zonal ter sido vencido por jogadores que atuam e residem, em sua maioria, no município.
O time comandado pelo experiente técnico Ulisses Alves não precisou se esforçar tanto para ficar com o troféu de campeão devido à fragilidade dos concorrentes. Na realidade, o técnico Ulisses Alves, acostumado a montar grandes esquadrões no futsal regional, não necessitou importar muitos craques, ele manteve mais de 90% da base local, e o título conquistado de forma merecida poderia muito bem ter levado o nome de Teixeira de Freitas ao mais alto do pódio, mas, não foi isso que aconteceu, o nome do time vencedor, e que ficou com todos os méritos, leva o nome do Serrano de Vitória da Conquista.
Há um mistério a ser decifrado, na opinião deste redator, em torno desta parceria –Prefeitura/Secretaria de Esporte e Lazer de Teixeira de Freitas e Serrano de Vitória da Conquista.
Quem está levando vantagem em tudo isso? Alguém deve estar lucrando com essa parceria que, nitidamente, não faz bem ao esporte do município. Quanto é? E quem está lucrando com isso? A prefeitura? Pergunto. Não afirmo. O secretário de Esporte e Lazer? O prefeito João Bosco, pelo fato dos conchavos políticos? Certamente, existe algo errado em tudo isso.
Por que o nome do time de futsal local deixou de se chamar Teixeira de Freitas e passou a se chamar Serrano? Alguém deve estar se beneficiando com essa parceria, não é possível tanta ignorância assim, a ponto de ser administrador de uma cidade e fazer propaganda para outra. Resta saber quem é e a mando de quem, pois, a forma de agir da Secretaria de Esporte e Lazer também com o futsal do município, deixa muita dúvida, e necessita ser esclarecida, só não enxerga quem não quer enxergar; o procedimento deixa a entender que algo está errado.
Vieram disputar o zonal da XXII edição da Taça Bahia de futsal, em Teixeira de Freitas, nos dias 23 e 24/5, Itabatã, Caravelas, Ibirapuã e Alcobaça e aqui não encontraram um adversário com o nome de Teixeira de Freitas, que seria o correto. Enfrentaram o time do Serrano sub-20, que, aliás, foi humilhado em quadra pelos resultados negativos nos dois jogos que disputou, e o Serrano, time principal, que acabou, no confronto direto com Ibirapuã, no critério saldo de gols, sendo o campeão, ficando Ibirapuã com a segunda colocação e os dois seguem adiante na competição.
O time sub-20 também de nome Serrano, mas, formado por jovens de Teixeira de Freitas, foi comandado pelo ótimo técnico Dionizio Amaral (Dió), no entanto, entre os seis participantes, foi o que deu o maior vexame, perdeu por 6 x 1 para Alcobaça e por 9 x 2 para Ibirapuã. Não se pode culpar o treinador pelo fracasso, e muito menos os meninos, a culpa é do sistema irresponsável adotado pelo secretário de Esporte e Lazer para comandar o esporte da cidade, certamente imposto pelo chefe do Executivo.
A categoria sub-20 de qualquer modalidade esportiva deve disputar competições com adversários dessa categoria, ou, com uma faixa etária mais ou menos equivalente, não ser exposto como foi feito com os jovens valores de Teixeira de Freitas, enfrentando equipes já tarimbadas, como foi o confronto contra Alcobaça, e até com a própria seleção de Ibirapuã, que apesar de também ser jovem, era composta por jogadores acostumados a esse tipo de competição. O pior de tudo foi que a garotada de Teixeira de Freitas também disputou como sendo o Serrano, um time de uma cidade da região sudoeste do Estado.
O evento claramente não conseguiu empolgar a torcida de Teixeira de Freitas, que compareceu em número bastante reduzido durante os jogos, primeiro em razão do fraco nível técnico, e, principalmente, porque a cidade não tinha uma seleção que com legitimidade usasse o seu nome, fato que certamente empolgaria os torcedores, como sempre foi ao longo dos anos.
Se a Secretaria de Esporte e Lazer não rever os seus conceitos, avaliou que em muito pouco tempo o fracasso baterá na porta do esporte do município, a não ser que o povo com o poder que tem, resolva derrubar essa gestão irresponsável.
Por – Amadeu Ferreira
Jornal Tribuna do Esporte.