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Em plena sexta-feira mulheres do MST ocupam estradas e atrapalham o desenvolvimento do país

11/03/2016 - 20h48
Mulheres MST

Na sexta-feira, 11 de março, mulheres do Movimento Sem Terra (MST) paralisaram as BR’s 101, 242, 210, em toda a Bahia. Em Teixeira de Freitas, o trecho onde ocorreu o movimento foi o Trevo, em frente ao 13° Batalhão, saída para Itamaraju. Também na BR 101, teve paralisação em Wenceslau Guimarães; na BR 242, em Oliveira dos Brejinhos e Luiz Eduardo Magalhães e na BR 210, em Sobradinho.

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De acordo com a líder do movimento na região, Eliane Oliveira, está acontecendo uma Jornada de Mulheres Sem Terra em todo o país desde o dia 08 de março, porém, as Trabalhadoras Sem Terra do Extremo Sul estão mobilizadas desde o dia 05, quando ocuparam a fazenda UNIAL, no município de Lajedão, em que 1.200 mulheres protestaram contra o trabalho escravo que existia naquele local.

Hoje, 240 mulheres estavam no movimento e lembraram o fato em que, no dia 02 de abril fará três anos que o integrante do MST, Fábio Santos, foi assassinado em um dos acampamentos da cidade de Iguaí, com 15 tiros, em frente à sua família, e até o momento nenhum responsável pelo crime foi preso. Também esse ano, fará 15 anos do Eldorado dos Carajás, em que 19 integrantes do MST foram executados e os criminosos também não foram julgados.

Além disso, há uma preocupação com o cenário político, disse Eliane: “Estão tentando colocar o presidente Lula na cadeia, e nós mulheres sem terra fechamos todo o Estado da Bahia, para dizer que somos contra o golpe, e se ele for preso, nós mulheres neste estado sairemos às ruas”, enfatizou a líder do movimento na região, dizendo que o movimento está a favor do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

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Sobre o tempo que ficariam nas ruas, Eliane disse que, ficariam “ocupando a BR por tempo indeterminado até que os meios de comunicação venham e mostram a nossa indignação”. Foi iniciado durante a manhã e durou por volta de uma hora e trinta minutos.

Eliane disse que as mulheres que estavam no local são do município de Itamaraju, Prado e Alcobaça, e pertencem aos acampamentos: Jaci Rocha, Antônio Araújo, Rosa do Prado, Herdeiros do São João e José Martins. No mês de março de todos os anos, a partir do dia 08, as mulheres do MST se mobilizam “não só para ocupar a terra, mas também para fazer estudo sobre a violência contra a mulher, luta por direitos, por políticas públicas que amparam a mulher do campo”, explicou Eliane.

As ações, segundo a Assessoria de Comunicação do MST, contaram com a participação de trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Coletivo de Entidades Negras (CEN), Coletivo Quilombo, Consulta Popular, Levante Popular da Juventude, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União da Juventude Socialista (UJS), Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT), a Esquerda Popular Socialista (EPS-PT) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

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Protestar é um direito assegurado pela constituição, no entanto, um direito não pode sobrepor a outro, o protesto nas BRs e BAs em plena sexta-feira tira o direito de ir e vir de todos os cidadãos, acabam com o progresso e faz o país regredir, os organizadores destes movimentos deveriam ser mais sensatos, ao invés de atrapalhar o direito de ir e vir das pessoas, deveriam reivindicar de forma sensata frente aos órgãos responsáveis e não nas estradas.


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