Lentidão na Justiça do Trabalho poderá ser amenizada por app, mas ministro faz ressalvas
A demora para conclusão de processos no TRT-BA (Tribunal Regional Trabalho da Bahia) é uma preocupação constante para advogados e clientes, além de motivo de críticas à atuação dos magistrados.
O corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Renato de Lacerda Paiva, ciente da situação das varas, não se mostra avesso à uma modernização do órgão, apesar de alertar que o trabalho dos juízes não deve ser alterado.
“Nós resolveremos [a lentidão dos processos] no dia que inventarem o juiz digital. Porque o sistema eletrônico, a meu juízo, ajuda muito pouco o magistrado. Ele ajuda muito à sociedade, porque há mais transparência e os advogados podem peticionar de qualquer lugar, tem acesso ao processo virtual e também as rotinas de trabalho se tornam mais rápidas. Mas quando chegar ao magistrado, ele vai ter que examinar como ele examinaria um processo em papel. E julgar a causa é uma coisa que exige muita responsabilidade, muito estudo”, afirmou Paiva.
De acordo com o corregedor-geral, é necessária uma ótica humana no julgamento dos processos porque, do contrário, todas as decisões seriam extremamente técnicas, porém, desumanas.
O ministro demonstrou contentamento, por exemplo, com uma inovação prometida pelo órgão: um aplicativo de celular que promete agilizar a tramitação dos casos.
“É um aplicativo que permitirá, não só os advogados acompanharem os processos pelo celular, mas também os magistrados vão poder acompanhar a situação da sua vara, de seus processos também via celular. A vantagem disso é trazer dados para melhor gerir o seu universo de processos”, declarou Paiva.
A novidade tecnológica do TRT-BA será lançada na próxima semana.