Bahia

Com indícios de superfaturamento, São João de Itamaraju poderá ser cancelado

05/06/2017 - 11h02

Não é de hoje que a população de Itamaraju sabe do envolvimento do vice-prefeito de Itamaraju, “Téa Produções” com a área de eventos, sendo que no passado o mesmo já foi considerado um dos grandes produtores da região.

A credibilidade de Téa caiu drasticamente após ter sido, por diversas vezes, denunciado por ter praticado superfaturamento em eventos de várias cidades da Bahia, inclusive está respondendo, juntamente com sua esposa, a diversos processos nas cidades de Eunápolis e Porto Seguro.

Em Itamaraju, no ano de 2014, o Ministério Público conseguiu liminar suspendendo os pagamentos dos festejos juninos, pois, segundo o MP, existiam fortes indícios de superfaturamento tanto nas bandas como na estrutura contratada pelo próprio Téa que realizava os eventos na gestão de “Frei Dilson” e “Campineira“.

   Em 2017, já na condição de vice-prefeito, Téa novamente está sendo acusado de superfaturar o valor das contratações para o São João.

Os documentos obtidos com exclusividade pelo Fiscaliza Itamaraju, comprovam que a prefeitura de Itamaraju estaria pagando o dobro do valor cobrado pela banda Mastruz com Leite. A comprovação foi obtida através da comparação dos valores pagos pelo show da banda nas cidades de Itamaraju e Guanambi, também na Bahia.

Em Itamaraju o valor do cachê pago pela prefeitura foi R$ 120 mil reais, quando na cidade de Guanambi a prefeitura pagará apenas R$ 63 mil pelo mesmo show e no mesmo período festivo de São João. Ainda segundo o Fiscaliza, há fortes indícios que o show de Michel Teló, que custou R$ 200 mil, também foi superfaturado por Téa em mais de R$ 50 mil.

A denúncia será formalizada na próxima semana, quando membros do Fiscaliza Itamaraju encaminharão outras indícios que darão suporte para que o Ministério Público apure as irregularidades.

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Valor da estrutura

Faltando 15 dias para o São João, o município se quer publicou o edital da licitação que contratará a estrutura que será montada na festividade. Segundo especialistas, a montagem da estrutura de um evento desse porte leva em média 10 dias para ser concluída, fato que pode prejudicar a organização da festança, tendo em vista que só o processo licitatório leva cerca de 15 dias para ser concluído.

Téa também está sendo acusado de tentar direcionar a montagem da estrutura para uma empresa de Itamaraju que, por não possuir os equipamentos, sublocaria a estrutura de dois empresários de Teixeira de Freitas.


Edição Bell Kojima/Repórter Coragem


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