Delegacia de Nova Viçosa é depredada e presos fogem
O protesto de moradores da sede do município de Nova Viçosa ganhou aspecto de vandalismo. O prédio da delegacia territorial da Polícia Civil foi depredado na noite testa quinta-feira (05).
Um grupo de moradores inconformados com chegada de Jackson Ribeiro Gomes à unidade policial. O jovem de 22 anos confessou ter matado Alan Paranaguá de Sá (24) anos, no fim de semana do réveillon, após uma briga próximo a barraca Carioca, na Praia do Lugar Comum, em Nova Viçosa.
Paranaguá era natural de Padre Paraíso, MG, mas morava em Nova Viçosa, onde trabalhava no comércio e tinha conquistado muitas amizades.
Mais cedo, o veículo do advogado de Jackson, Alexandro Gonçalves de Jesus Santiago, um Jeep Cherokee, preto, placa policial ODE-0217, licenciado em Teixeira de Freitas, já havia sido depredado por populares.
A Depol, que comandado pelo delegado Maderson Dias, permaneceu cercada e só com um trabalho conjunto entre a CAEMA (CIPE-Mata Atlântica), a Civil e PETO (Pelotão de Tático Operacional), da 89º CIPM, comandados pelo Major Anilton Almeida, foi possível dispersar os moradores e retirar Jackson da unidade policial.
Populares atearam fogo em pneus e troncos de madeira em frente à delegacia e em ruas próximas. As viatura de apoio chegaram a voltar ao local, após a informação de que tentavam atentar contra o prédio, momento em foi usada a força de repressão, tiros de advertência, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes.
As informações são de que com a saída das viaturas e da maioria dos policiais de apoio, o prédio foi atacado com pedras e outros objetos.
Percebendo a eminência do ataque, o delegado Maderson Dias retirou os 8 presos que estavam na unidade de Polícia Civil. Um morador informou ao r3news que os presos foram acomodados num local próximo à delegacia, e que pelo menos 3 detentos aproveitaram a movimentação e fugiram.
Entres os fugitivos estaria uma mulher que respondia por tráfico de drogas.
Até o fechamento dessa matéria o protesto continuava. Segundo um morador, havia suspeita que os manifestantes planejavam atear fogo no prédio da delegacia.
Rubens Floriano/R3 News
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