Brasil

Exames apontam “ausência de tumor visível” em Lula, segundo boletim médico

28/03/2012 - 12h57

Novos exames realizados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 66, apontam que o câncer na laringe, diagnosticado em outubro do ano passado, desapareceu. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital Sírio Libanês, em novo boletim médico divulgado no início da tarde desta quarta-feira (28). Os médicos evitam falar em cura, o que só poderá ser confirmado em cinco anos.

O boletim é assinado pelos coordenadores da equipe que atende o ex-presidente, os médicos Roberto Kalil Filho, Artur Katz, Paulo Hoff, João Luís Fernandes da Silva, Luiz Paulo Kowalski e Rubens de Brito Neto.

Segundo o boletim, “foram realizados exames de ressonância nuclear magnética e laringoscopia, que mostraram a ausência de tumor visível, revelando apenas leve processo inflamatório nas áreas submetidas à radioterapia, como seria esperado”.

O documento diz ainda que o ex-presidente “continua realizando sessões de fonoaudiologia e iniciará programação de avaliações periódicas”.

Lula teve um tumor na laringe detectado em outubro do ano passado e submeteu-se a sessões de quimioterapia e radioterapia no tratamento contra a doença. Ele teve alta no último dia 11 depois de apresentar melhora clínica. Até o último dia 16, recebeu antibiótico no hospital, com resposta ao tratamento considerada boa.

O câncer

O tumor foi diagnosticado no dia 29 de outubro de 2011, dois dias depois do aniversário de 66 anos. O ex-presidente procurou ajuda médica após se queixar de constantes dores de garganta e apresentar rouquidão considerada acima do normal. Na época, o tumor tinha aproximadamente 3 centímetros, considerado de agressividade média.

No dia 12 de dezembro, os médicos que cuidam do tratamento de Lula afirmaram que o tumor havia sido reduzido em 75%, o que descartou a necessidade de cirurgia.

A laringe é um órgão situado na região do pescoço e tem funções respiratórias relacionadas ao aparelho vocal. O câncer de laringe atinge principalmente homens e é um dos mais comuns na região da cabeça e pescoço.

Segundo o Instituto do Câncer (Inca), fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de laringe de que pessoas que não fumam. O câncer de laringe representa cerca de 25% dos tumores malignos na região da cabeça e pescoço. Dois terços dos tumores do gênero ocorrem na corda vocal.

Informações do UOL São Paulo


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