Educação

Bullying, quando a escola é o inferno

25/03/2012 - 00h49

Em 2011, ao menos 190 jovens cometeram suicídio na Cidade do México em consequência do bullying, aponta estudo da organização cidadã “Fundação em Movimento”. O Instituto Nacional de Psiquiatria do México é taxativo ao advertir que, se o assédio escolar persistir no mesmo ritmo, em 2020 o suicídio será a primeira causa de morte entre os jovens.

A cena se repete: um agressor (menino ou menina) intimida, maltrata e ameaça uma vítima, deixando transparecer o grande desequilíbrio de forças. O cenário: uma escola. Por este motivo muitas crianças e adolescentes já não querem ir à escola. Um local que para uma parcela já é sinônimo de inferno.

É o caso de Yaretzi, de 10 anos, que chegou inclusive a sofrer violência física. “Um dia tocou meu telefone e era a subdiretora da escola da minha filha pedindo para que eu fosse rapidamente porque ela havia se envolvido em uma briga com outra menina e estava com um grave ferimento na cabeça.

O relato é de Laura Gómez, mãe de Yaretzi, na página da associação “Fundação em Movimento”, onde esta família, desesperada, bateu em busca de ajuda. Esta instituição combate o bullying por meio da prevenção, conscientização, alianças governamentais, apoio as vítimas, campanhas e por meio da capacitação de professores.

Na opinião dos médicos que tratam Yaretzi é provável que ela apresente sequelas físicas por toda vida por causa dos golpes recebidos. Diante da gravidade das lesões, o caso foi parar no Ministério Público.

Por Claudia Munaiz
Da Efe


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