Manifestações de paz e vaias ao prefeito João Bosco marcam o 7 de Setembro em Teixeira de Freitas
O desfile cívico do 7 de Setembro em Teixeira de Freitas foi marcado por um pedido de paz feito pela maioria dos participantes, que, ao se sentir ameaçada pelos atos de violência, agora, recorrentes em todos os lugares, aproveitou a data para celebrar a independência e clamar por paz.
A maior manifestação da paz foi feita por alunos do Colégio Cetepes, que, lembraram diversas vítimas da violência urbana do município, levando seus nomes em cruzes carregadas por pessoas vestidas de preto em sinal de luto.
O Cetepes ainda fez questão de lembrar a morte do aluno José Ferreira Neto, o “Netinho”, repórter fotográfico que morreu vítima de latrocínio no dia 7 de junho, no São Lourenço, quando, durante um assalto, ele acabou reagindo e foi morto pelos assaltantes.
Durante o desfile os alunos do Cetepes carregaram um enorme banner com fotos que foram feitas por Netinho, que era repórter fotográfico de um site voltado para o entretenimento. O banner lembrava os melhores momentos da carreira do jovem repórter.
O desfile cívico também foi marcado por um momento de vaias ao prefeito João Bosco e ao secretário de Esportes Fernando de Luca Melo. Tudo aconteceu no meio do desfile, quando os dois foram convidados pelo professor de caratê Paulo Sérgio para serem homenageados. Bastou os dois descerem do palanque para as vaias começarem.
O professor Paulo Sérgio, em um ato de puro puxa-saquismo, resolveu chamar João Bosco de o melhor prefeito da história, o que acabou provocando uma sonora vaia para os dois, já que é notória em toda a cidade a rejeição altíssima do gestor, que caminha na casa dos 90%.
O desfile foi tranquilo, entretanto, muito aquém do que poderia ser, das 77 escolas existentes no município, apenas 11 desfilaram, o que mostra uma desistência muito grande e uma falta de interesse em participar do desfile. Um dos principais motivos dessa desistência é que o desfile há muito tempo deixou de ser um ato cívico, para se transformar num ato político, o que tem afastado alunos e escolas.
Por Jotta Mendes/Repórter Coragem