Revolta

Manobra do deputado Valmir Assunção, causa revolta em estudantes de Barcelona

24/08/2019 - 17h55Por: Neuza Brizola/Bahia Extremosul

Estudantes do 2º ano do Colégio Estadual Polivalente de Barcelona, distrito de Caravelas, estão revoltados com a saída da professora em cima do período de avaliação e se recusam a voltar às aulas.

Nossa equipe recebeu denúncias que a professora, Tatiane, foi exonerada em um acordo politico feito entre o deputado, Valmir Assunção e o pré-candidato a vereador da localidade, Leandro, nesse acordo a professora foi exonerada e em seu lugar assumiu um cunhado do pré-candidato.

Estivemos em Barcelona e conversamos com algumas alunas que nos relataram que não tem nada contra o professor que está assumindo, a revolta é porque a professora está aplicando a disciplina para avaliação e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foi exonerada num momento inoportuno.

As alunas, Ketlen Ribeiro Nunes, Daniele Silva, Suellen Santos e Chaiane Almeida, falaram em nome da turma e foram unanimes em afirmar que os mais de 150 estudantes foram prejudicados com a troca, e que, não é justo um acordo político que vai beneficiar uma única pessoa possa prejudicar tantas outras.

Conversamos com a professora, Tatiane e ela nos disse que está ha 10 anos lecionando com contrato e o mesmo venceu no final de junho, mas, segundo ela, o contrato com o REDA podia ser renovado, e, que isso foi garantido por uma pessoa do Núcleo, ela, inclusive já tinha feito os exames e encaminhado os documentos para renovação do contrato quando foi surpreendida pela sua demissão.

Quando soube que estivemos em Barcelona conversando com os alunos, Leandro nos telefonou e confirmou o acordo e disse ainda, que outros professores também serão exonerados, esse foi o acordo firmado entre ele e o deputado, Valmir Assunção, para que ele possa indicar pessoas do seu grupo de apoio.

Por duas vezes, estive no Núcleo para ouvir a versão do diretor, Agnaldo Leal, não o encontrei, deixei recado, não retornou, me passaram um numero de telefone, diz que o numero não existe.

Enquanto isso, o problema continua. Um abaixo assinado foi feito pelos alunos e seus pais, mas nada parece comover os políticos.

Edição: Bell Kojima


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