Destaque

O reordenamento das escolas é uma medida impopular mas necessária, diz prof. Brasília

22/11/2017 - 09h02

“O Padre passou oito anos e não quis fazer o reordenamento. João Bosco também não quis. O professor  Arí (Se referindo ao secretário de Educação na gestão de João Bosco) sabia dessa necessidade, mas também recuou. Nosso problema não é apoiar ou desapoiar. Nosso problema é tornar a rede sustentável, senão vai chegar um momento que vamos ficar como outras cidades cujos professores ficam sem pagamento de salário”, alertou Brasília.

A Coordenadora da APLB Sindicato de Teixeira de Freitas, professora Francisca Brasília afirma que o Reordenamento das Escolas proposto pela Secretaria de Educação do Município é uma necessidade e não pode mais ser adiado.

Brasília alerta que o reordenamento deviria ter sido colocado em prática ha mais de uma década, mas que, em razão de ser uma medida impopular, não foi executado. De acordo com a professora, o posicionamento da APLB, em favor do reordenamento, acontece desde 2008 quando foi aprovado o plano de carreira, ainda na gestão do Pe. Appparecido Staut. O reordenamento, apesar de ser uma medida administrativamente fundamental para a sobrevivência de rede de educação do município, não foi executado, nem na gestão do Pe Apparecido tão pouco  na de João Bosco, por ferir interesses políticos ao interferir na zona de conforto de muitas pessoas.

” Nosso posicionamento a favor do reordenamento é desde 2008 quando aprovamos o Plano de Carreira e trouxemos várias vantagens para a categoria. Isso aumentou a folha de pagamento. O Plano de Carreira vai completar 10 anos agora em 2018 e o reordenamento que era para ser feito logo após a aprovação do estatuto, ele não foi feito, ele foi sendo adiado por ser uma medida impopular. As pessoas se acomodaram e por isso não querem mudar” enfatizou a professora.

Ainda de acordo com a Coordenadora da APLB, após dez anos com o reordenamento sendo negligenciado, a pasta encontra-se sobrecarregada e vítima de uma realidade econômica que pode, posteriormente, vitimar os profissionais da educação. A sindicalista reforça que, além do reordenamento, o prefeito Temóteo Brito e a Secretaria de Educação vão ter que encontrar outras formas alternativas para economizar visando o benefício da categoria. Ela ressalta, para apreciação da comunidade, que hoje a folha de pagamento, só com o salário de professores e coordenadores e diretores, ultrapassa os 100% do FUNDEB.

“O Padre passou oito anos e não quis fazer o reordenamento. João Bosco também não quis. O professor  Arí (Se referindo ao secretário de Educação na gestão de João Bosco) sabia dessa necessidade, mas também recuou. Nosso problema não é apoiar ou desapoiar. Nosso problema é tornar a rede sustentável, senão vai chegar um momento que vamos ficar como outras cidades cujos professores ficam sem pagamento de salário”, alertou Brasília.

Adriana Serapião, presidente do Conselho Municipal de Educação,  confirmou a necessidade de reordenamento. O Conselho fez parte da comissão e acompanhou de perto toda a estrutura de reordenamento da rede e entende a necessidade de reordenar para que possa fazer as reformas nas escolas para que a educação tenha a qualidade que esperam para o município. O projeto assegura que nenhuma criança fique fora da escola e que todo estudante fique na escola mais próxima da sua residencia numa distancia de até  2 quilômetros e assegurou aos professores que as vagas deles estão garantidas e que eles são profissionais concursados e que o Conselho respeita muito os direitos adquiridos  e está preocupado com o bem estar da classe e com a sua qualidade de vida, e a extensão de cargas horária também estão garantidas. Com relação a preocupação dos pais com a superlotação, ela afirmou que existe um limite máximo estabelecido pelo MEC e que será respeitado esse limite e que o Conselho ficará de olho para que esse limite não seja ultrapassado.

O representante do Poder Judiciário o Juiz de Direito Dr. Jorge Cunha Moreira, que juntamente com outros membros do judiciário participaram de uma reunião com o Poder Legislativo na Câmara de Vereadores, aonde o Secretário de Educação do Município apresentou o projeto. O magistrado afirmou que no seu entendimento o projeto é necessário e que deve ser implementado urgente, outras medidas saneadoras também devem ser tomadas, para que a educação não entre em colapso. Entretanto o Juiz sugere que o projeto deve ser debatido com os principais interessados, que são os professores e os pais dos alunos, para que sejam mais bem informados. Na hora da mudança é preciso que haja o diálogo, não pode ser uma medida de cima pra baixo. Opinou o Juiz.


Deixe seu comentário