E o Serrano foi embora de mala e cuia. Esse é o comentário do dia

O Serrano de Vitória da Conquista esteve em Teixeira de Freitas sediando os seus jogos, durante 1 ano e 23 dias, a contar da data da sua estreia na Copa Governador do Estado da Bahia versão 2013, no Estádio Municipal.

Na época, o estádio, que hoje se chama Antônio Rodrigues Santana, “Tomatão”, ainda estava em obras e foi preparado às pressas para que o time profissional da cidade de Vitória da Conquista, região Sudoeste da Bahia, pudesse estrear na Copa Governador do Estado, era uma quinta-feira, dia 10 de novembro de 2013, às 20 horas.

Portanto, foram 12 meses e 23 dias, em que o time de Vitória da Conquista sediou aqui os seus jogos, na Copa Governador do Estado de 2013, Campeonato Baiano também de 2013 e Copa Governador do Estado 2014.

Com a vivência esportiva que tenho, os conhecimentos do dia a dia e a preparação que adquiri ao longo dos anos – são 36 anos de profissão na área esportiva –, apesar de não ter faculdade, apenas os conhecimentos da vida, eu sabia que a administração do município estava adotando uma medida contraditória e antipática com a realidade da nossa cidade e região.

A prefeitura estava metendo os pés pelas mãos para agradar e beneficiar, quem sabe, meia dúzia de pessoas sem nenhum conhecimento ou base nas questões esportivas, adotando um time sem pátria, que não iria trazer nem somar nenhum benefício ou progresso para o combalido e desacreditado futebol de Teixeira.

Na verdade, eu não tinha nenhuma dúvida que essa paixão da Prefeitura de Teixeira de Freitas com o Clube de Vitória da Conquista não teria vida longa, os resultados não viriam, os custos seriam altos e as promessas que eles haviam feito não seriam cumpridas.

E não deu outra: o fracasso foi eminente e muita gente entrou pelo cano, o projeto fictício enganou muita gente, quem acreditou ficou de bobo na história, muitas pessoas da área esportiva foram enganadas, a exemplo do desportista Gerson Dantas (Portela). Ele acreditou e sonhou com as promessas descabidas da cúpula do Serrano, e por ser um ser humano humilde e de pouco conhecimento, se deixou levar pelos aproveitadores que sugaram o que podia e não cumpriram as promessas.

Onde foi parar a ideia da criação das divisões de base, que seriam sólidas e, segundos as quais Gerson Portela seria o líder, entre outras promessas. Na realidade, nada se viu e nada foi feito.

Na verdade, a administração do município fez investimento, pouco ou muito (não se sabe quanto), num projeto sem nenhum retorno para a cidade, e, certamente, sentia que o projeto não tinha futuro, e resolveu desistir. A cúpula do Serrano quando viu que a administração tinha dúvida se continuava ou não, já que os resultados não apareciam, pois a coisa ia de mal a pior, resolveu mais uma vez mudar de casa de mala e cuia, e vão agora enganar outra freguesia.

Espera-se que agora a administração municipal e esportiva, que navegaram contra a maré nestes quase dois anos de gestão em relação ao futebol, abra os olhos para a realidade e acorde para a vida.

Vamos ressuscitar o nosso futebol local de uma vez por todas.

Por- Jornal Tribuna do Esporte

Amadeu Ferreira