A seita, o ladrão Barrabás e o sequestro da justiça.
A Seita da foice e do martelo é um sistema fechado que não interage com o ambiente. Esquiva-se do debate crítico e se torna acrítica. A seita cultiva a pobreza como fonte de poder e elabora discursos e estratégias de dominação. A seita não percebe que “o que está velho e antiquado está prestes a desaparecer”(Hebreus 8:13).
A seita da foice e do martelo é o resultado da dogmatização de uma teoria densa que pouco se modificou ao longo do tempo diante dos fracassos históricos da prática política. A pretensão da seita é um mundo igualitário sem pobreza. O Estado é sua espada. Ele coage e repreende os opositores da seita, a fim de que a oposição ao projeto político não atrapalhe a “sanha reformadora”.
A seita tem um discurso bonito e sedutor de igualdade e de acabar com a pobreza. Na prática, sempre fica uma elite da seita sobre os desiguais que ela pretende igualar através de medidas recheadas de espontaneidade induzida pelo fuzil . A final de contas, nas palavras do “pastor” Mao Tsé-tung, “ é na ponta do fuzil que começa o poder”.A seita se empenha em estabelecer seu domínio empobrecendo o pensar com suas práticas pedagógicas de apresentar apenas uma versão da história, revelando sempre os efeitos negativos e as mazelas para despertar o ódio e a insatisfação. Um ser insatisfeito é a matéria-prima necessária para a semente doutrinária da seita possa frutificar e se reproduzir. Cria-se o discípulo e, a partir dele, se formarão os partidários que serão transformados em “camaradas de seita”.
A bem da verdade a seita tem suas doutrinas e seus segredos. Ela carrega sob segredo seu sistema penal e o seu código de autoproteção. Dessa forma sútil os camaradas ficam sempre na “linha democrática do silêncio”. Deleção premiada é proibido dentro da seita. É caso de expulsão ou de “recall divino”. Ela não perdoa os delatores. Barrabás odeia delatores…Não fale do italiano Palocci…
A seita tem suas estratégias de dominação. A primeira é convencer a todos que a versão dela da história é a única. Isto implica na negação e desconstrução de todas as versões conhecidas com seus referenciais e tradições. Não fale em heróis da pátria e muito menos instituições que construíram a história nacional de patriotismo através de lutas e guerras. Falar de José Alves de Lima e Silva é quase chamar para expulsão. Não fale em Duque de Caxias, pelo amor a São Marx! A propósito , São Marx é o Pai-Fundador da Seita.
A outra estratégia é fazer com que os adeptos preencham seus HDs com boas leituras dos filósofos–doutrinadores da seita por longos anos, mas sem reflexão. Depois, os mais aplicados, visitarão a Ilha da Fantasia e receberão cursos de especialização em cultura de guerra revolucionária. Não se esqueçam que o curso preferido é aquele que conduz às salas de aulas, cujo o público-alvo sejam crianças e jovens. Ora, isso é fundamental para a seita, pois sem a doutrinação deles a revolução não ocorrerá nunca. A propósito , a Ilha da Fantasia fica próximo ao Triângulo da Bermudas. É aquela área estranha onde some tudo, inclusive a Democracia e o direito de expressão. Somem pessoas também e não é só na travessia até Miami, Flórida, Estados Unidos…Pessoas somem dentro da ilha.
A seita tem uma outra estratégia para enganar aos tolos democráticos: ela viabiliza múltiplos partidos que estão sob as mesmas doutrinas para participarem da festa democrática. Ela tem sempre o discurso de defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito. Mas é para inglês ver e aplaudir. A sutileza do engano é quase imperceptível .
Os partidos juntos funcionam de forma orgânica e atuam como vírus no sistema democrático, operacionalizando uma outra estratégia: a do aparelhamento ideológico institucional. É complicado de entender. Mas vamos aos recursos didáticos. Imaginem um jogo de futebol em que a mãe do juiz foi sequestrada por um dos times em campo. A mãe do juiz fica na arquibancada sob ameaça de um ladrão perigoso de nome Barrabás. O juiz fica refém do Barrabás e não fará nada que venha prejudicar o time de camisa vermelha em todas as partidas do campeonato “democrático”. As pessoas não percebem que a mãe do Juiz foi sequestrada. Somente o juiz sabe. Ele passa a se curvar diante das exigências de Barrabás. A propósito, o nome da mãe do Juiz é dona Justiça, cega e impotente, sofre nas mãos do ladrão. Ela nem sabe como anda a partida, mas se comporta do jeito que Barrabás determina. Assim, o jogo transcorre de forma normal, mas não é normal porque sequestraram a dona Justiça. Esse sequestro da mãe do Juiz é o chamado aparelhamento. Coitada da dona Jú! Ela era uma pessoa boa…
O time de vermelho sempre levará vantagem em função das estratégias e da astúcia de Barrabás. O povo não reage porque a silenciosa doutrinação funciona a longo prazo com emburrecimento programado. Só existe uma única verdade: a do time vermelho. E os órgãos de imprensa ajudam muito na estratégia de emburrecimento. A mãe do juiz controla a partida e a urna de votação. Mas Barrabás tem o Juiz. Entendeu? Ora , sempre tem penalidade a favor do time de camisa vermelha. Os tolos do time de camisa azul jogam sempre dentro das quatro linhas e carregam a crença de respeitar as regras do jogo. Mas o time de vermelho não respeita as regras. Vencer as instituições e as regras é normal para time de vermelho.
Uma outra estratégia é disseminar a cultura da impunidade na sociedade para que o cidadão não acredite mais na justiça e se distancie mais ainda da política. A seita prospera quando homens de bem se afastam da política e se calam.
Barrabás está solto , mas não é inocente e nem ingênuo . Apavora a sociedade com ideias de cerceamento de liberdades e controle das redes sociais. Barrabás odeia a moral cristã, mas visitará às igrejas em busca da dissimulação cínica e barata. A Graça não basta para o larápio. Parece um cordeiro, mas tem a essência de lobo. Fala de pobreza de forma sedutora, porém é seduzido pelo dinheiro das malas e das cuecas. Barrabás tem ao seu favor o esquecimento criminoso de todos que se esquivam de pensar. Caro leitor, Barrabás está solto porque você está preso no discurso doutrinário da seita, mediante os meios de comunicação que santificam gatunos e crucificam os opositores. Acostumou-se com a mentira e nem percebe a verdade diante de ti? Coloquemos o astuto Barrabás no devido lugar e evitemos os nefastos frutos das estratégias da seita.
Por João Carlos Vieira da Silva