O princípio da precaução aqui deve ser para que homens evitem tomar muitos anti-histamínicos se estão tentando procriar — comentou Darren Griffin, professor de Genética na Universidade de Kent, no Reino Unido. — Os autores mencionam possíveis efeitos na ereção, na produção de testosterona, no comportamento sexual e na ejaculação. Entretanto, o espirro persistente também não é particularmente uma boa estratégia reprodutiva. Então, talvez, tomar os anti-histamínicos, quando necessário, seja o menor de dois males.
Antialérgicos podem afetar a fertilidade masculina, alerta estudo
Os antialérgicos anti-histamínicos são medicamentos amplamente utilizados para aliviar os sintomas de alergias, mas o uso em excesso pode afetar a fertilidade masculina, alerta estudo publicado esta semana na revista “Reproduction”. O artigo revisou pesquisas sobre os efeitos adversos dessas drogas sobre a fertilidade nas últimas quatro décadas, concluindo que os anti-histamínicos podem afetar a produção de hormônios masculinos nos testículos, afetando a mobilidade e a quantidade de espermatozoides.
A histamina é uma molécula produzida pelo corpo como resposta a certas condições detectadas pelo sistema imunológico como ameaças em potencial. É ela a responsável pelas reações alérgicas moderadas, como febres, erupções cutâneas e obstrução das vias respiratórias. Logo, os anti-histamínicos combatem essas moléculas, aliviando os sintomas alérgicos. Acontece que a histamina também atua sobre outros processos, como a regulação do sono, o comportamento sexual e a fertilidade.