Brasil não estará no pacto da ONU para migração, diz futuro ministro
O Governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marraqueche, um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país. — December 10, 2018
“Governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marraqueche, um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”, publicou o ministro no Twitter (veja na imagem acima).
Outros países já decidiram deixar o pacto, entre os quais Estados Unidos – por considerá-lo contrário à política migratória de Donald Trump –, Hungria e Áustria.
Segundo Ernesto Araújo, a imigração será “bem-vinda” no futuro governo, mas não deve ser “indiscriminada”.
Ainda de acordo com o futuro chanceler, é preciso haver critérios para garantir a segurança dos migrantes e dos cidadãos do país de destino.
“A imigração deve estar a serviço dos interesses nacionais e da coesão de cada sociedade”, escreveu Ernesto Araújo.
O Brasil buscará um marco regulatório compatível com a realidade nacional e com o bem-estar de brasileiros e estrangeiros. No caso dos venezuelanos que fogem do regime Maduro, continuaremos a acolhê-los, mas o fundamental é trabalhar pela restauração da democracia na Venezuela. — December 10, 2018
Venezuelanos
Na série de mensagens publicadas no Twitter nesta segunda-feira, Ernesto Araújo afirmou, ainda, que o Brasil seguirá acolhendo os cidadãos venezuelanos que deixam o país em busca de uma vida melhor no Brasil.
A Venezuela vive uma crise econômica, política e social, e milhares de cidadãos têm migrado para o Brasil, principalmente por Roraima.
O governo do estado já pediu o fechamento da fronteira, mas a a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber negou, entendendo que a decisão cabe ao presidente da República – Michel Temer já afirmou que a medida é “incogitável“. Roraima está sob intervenção federal.
Fonte: G1