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Cesta básica fica mais cara em 17 capitais pesquisadas pelo Dieese

22/06/2016 - 07h00

Cesta Básica

O valor do conjunto de produtos da cesta básica subiu em maio em 17 das 27 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas foram constatadas em Porto Alegre (3,87%), Curitiba (3,46%) e Brasília (3,25%). Já as quedas mais significativas ocorreram em Florianópolis (-4,09%), Fortaleza (-2,60%) e Rio Branco (-2,49%).

A cesta mais cara foi encontrada em São Paulo, onde os consumidores tiveram de desembolsar R$ 449,70 para comprar os alimentos.

O valor é 1,65% maior do que em abril. Nos cinco primeiros meses do ano, houve alta de 7,55%.

O segundo maior valor foi registrado em Porto Alegre (R$ 443,46), seguido de Brasília (R$ 441,60).

Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 335,31), Natal (R$ 337,49) e Aracaju (R$ 344,83).

No acumulado do ano, de janeiro a maio, ocorreu queda apenas em Florianópolis (-0,81%). Entre as localidades com as maiores correções estão:

  • Goiânia (14,80%);
  • Belém (14,50%);
  • Aracaju (12,78%);
  • Salvador (12,69%);
  • João Pessoa (11,29%).

Já as menores variações ocorreram em Campo Grande (3,39%), Porto Velho (3,84%) e Porto Alegre (4,49%).

Pelos cálculos do Dieese, para suprir as necessidades básicas de uma família, o salário mínimo ideal deveria ser equivalente a R$ 3.777,93, valor 4,29 vezes superior ao mínimo de R$ 880 em vigor.

Esse valor ficou acima do apurado em abril, quando o mínimo ideal foi estimado em R$ 3.716,77, ou 4,22 vezes o piso vigente.

O tempo médio necessário de trabalho foi calculado em 97 horas, superior ao estimado em abril (96 horas e 26 minutos).

Entre os produtos com avanço de preços estão:

  • farinha de mandioca, coletada no Norte e Nordeste;
  • feijão, leite, manteiga e batata, pesquisados na Região Centro-Sul.

Em sentido oposto, houve queda no caso do óleo de soja e da banana na maioria das localidades.

A pesquisa indicou que o feijão ficou mais caro em 24 capitais.

O preço do tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, apresentou variações entre 0,92%, em João Pessoa, e 13,93%, na capital mineira.

Com oferta reduzida por causa de geadas no Sul do país, o feijão-preto, pesquisado nas capitais dos estados do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, ficou mais caro apenas em Curitiba (0,86%) e Porto Alegre (0,18%).

Houve estabilidade na capital capixaba e recuo de 1,42% na capital carioca e de 5,03%, em Florianópolis.

O leite, que está em período de entressafra, teve elevação de preço em 21 cidades, com destaque para Campo Grande (7,24%), Florianópolis (5,19%) e Rio de Janeiro (4,98%).

As quedas mais expressivas ocorreram em:

  • São Paulo (-1,06%);
  • Macapá (-1,04%);
  • Boa Vista (-0,78%);
  • Rio Branco (-0,56%);
  • Aracaju (-0,54%).

A manteiga ficou mais cara em 22 localidades. As maiores altas foram em:

  • Curitiba (10,87%);
  • Palmas (9,95%);
  • São Luís (9,84%);
  • Vitória (9,78%).

As reduções mais expressivas ocorreram em Campo Grande (-12,27%) e Manaus (-6,89 %).

O preço da batata aumentou em 11 cidades do Centro-Sul, com variações entre 1,40%, em Goiânia, e 20,15%, em Brasília.

De acordo com a análise técnica do Dieese, geadas no Sul e chuvas em outras áreas produtoras reduziram a oferta do tubérculo.

O preço da banana caiu em 19 cidades, entre as quais Belo Horizonte (-18,51%) e Rio de Janeiro (-13,18%).

As altas variaram entre 0,92%, em Salvador, e 6,02%, em Manaus.


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