Estudo sobre Regeneração Natural das Florestas Nativas no Espírito Santo é desenvolvido em parceria com a Fibria
Estudo aponta que entre as vantagens da regeneração florestal está a diminuição de custos para o produtor.
O Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) divulgou em abril um estudo sobre Potencial de Regeneração Natural de Florestas Nativas do Espírito Santo. A pesquisa é desenvolvida com recursos da Fibria, por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). O estudo foi apresentado em Vitória com a participação dos diretores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES (IDAF), Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão rural (Incaper) e ONGs.
O objetivo da pesquisa é fornecer informações que possam colaborar com o processo de aumento da cobertura florestal no estado, apresentando os métodos mais eficazes para o processo de regeneração natural. É o que explica o professor de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa e coordenador da pesquisa, Sebastião Venâncio Martins.
“A pesquisa é de extrema importância, pois a Fibria e as demais instituições envolvidas com a área ambiental, contam com uma ferramenta que possibilita a redução dos custos da restauração florestal. Isso porque nas zonas com alto potencial de regeneração é possível reduzir ou eliminar completamente a necessidade de reflorestamento em área total, deixando a floresta regenerar naturalmente ou adotando ações de manejo para acelerar o processo. Além disso, nas áreas com baixo potencial de regeneração, é possível adotar técnicas alternativas de restauração em conjunto com o reflorestamento tradicional”, afirma.
Áreas com alto potencial de regeneração
A pesquisa apontou que nas regiões Centro-Serrana e Litoral Sul, o potencial para recuperação da vegetação chega a 90%. Já no Extremo Norte e baixo Sul o índice é inferior a 35%. O estudo revelou ainda que 60,9% da área total do Espírito Santo, o que equivale a 2.804.431 hectares, apresenta um alto potencial de regeneração natural de florestas, não sendo necessário, na maior parte delas, o plantio de mudas para a restauração florestal. A pesquisa apontou ainda que os impactos da silvicultura foram positivos para o reflorestamento da mata nativa.
Entre os principais fatores que influenciam na regeneração natural, estão a proximidade, tamanho e diversidade das florestas nativas remanescentes, ação humana, presença de espécies problema e condições de solo e clima.
Sobre a Fibria – Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria possui capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas anuais de celulose, com fábricas localizadas em Três Lagoas (MS), Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA), esta última onde mantém a Veracel em joint venture com a Stora Enso. Em sociedade com a Cenibra, opera o único porto brasileiro especializado em embarque de celulose, Portocel (Aracruz, ES). Com uma operação integralmente baseada em plantios florestais renováveis, a Fibria trabalha com uma base florestal própria de 970 mil hectares em áreas localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia, dos quais 343 mil são destinados à conservação ambiental. A Fibria mantém cerca de 18.900 trabalhadores, entre empregados diretos e indiretos, e está presente em 254 municípios de sete Estados brasileiros.