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Frigorífico de Itapetinga volta a funcionar em 15 dias

23/05/2013 - 13h19

Fechado desde março de 2012, o Frigorífico Regional Sudoeste, de Itapetinga, voltará a funcionar no prazo de 15 dias, atendendo à demanda de Itororó, localizado a 35 quilômetros de Itapetinga, e a toda região, assegurando carne sadia para a população. O anúncio foi feito pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao participar da 34ª Exposição Agropecuária da cidade, encerrada domingo. Os sócios-diretores do frigorífico, empresários Albert Rezende e José Marcos Ribeiro Costa, asseguraram que grande parte dos funcionários do matadouro de Itororó, fechado pelo Ministério Público (MP) por não apresentar condições de funcionamento, serão qualificados e contratados pelo frigorífico de Itapetinga.Frigorífico de Itapetinga volta a funcionar em 15 dias (1)

O Frigorífico Regional Sudoeste passou por reformas e será reaberto depois de gestões feitas pelo secretário Eduardo Salles, visando o consumo de carne saudável e o atendimento a 13 municípios da região, entre eles Itororó. De acordo com o diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, há o compromisso de elaboração de um projeto para viabilizar o processamento da carne de sol de Itororó, famosa no Brasil inteiro, e de que “todos juntos iremos buscar recursos para construí-lo”.Frigorífico de Itapetinga volta a funcionar em 15 dias (2)

Agora, afirma o secretário Eduardo Salles, com a reabertura do frigorífico de Itapetinga, os criadores da região terão onde abater seus animais em equipamento autorizado pelo Ministério da Agricultura e Adab.

Em companhia dos empresários e do superintendente de Desenvolvimento da Agropecuária da Seagri, Raimundo Sampaio, Salles visitou as instalações do frigorífico de Itapetinga, onde foram investidos R$ 10 milhões, entre construção e reforma. De acordo com o empresário Albert Rezende, a capacidade instalada de abate é de 320 animais/dia gerando cerca de 100 empregos diretos. “Mas, esses números podem aumentar”, revelou.Frigorífico de Itapetinga volta a funcionar em 15 dias (3)

O problema é nacional

De forma inovadora, a Seagri/Adab elaborou e executa o Projeto de Regionalização e Descentralização do Abate, contando o Estado, hoje, com 32 frigoríficos em funcionamento e mais 20 com projetos de implantação já aprovados pelo órgão de inspeção.

O secretário destacou que o problema do abate em locais inadequados não é exclusivo na Bahia e ocorre em todo o país, sendo também papel da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia fiscalizar e orientar quanto a adequação às normas sanitárias. O objetivo do Ministério Público não é fechar os matadouros indiscriminadamente, e sim assegurar à população o consumo de carne sadia e de boa qualidade.

Considerando que a atividade envolve questões de saúde, ambientais e trabalhistas, o Ministério Público vem nos últimos anos dialogando com a Secretaria da Agricultura, solicitando da Adab informações quanto às condições de funcionamentos dos matadouros do Estado, especialmente daqueles existentes nas proximidades de frigoríficos inspecionados, concedendo prazos para que as irregularidades encontradas sejam sanadas.

Para atender a essa demanda, a Seagri/Adab buscou soluções e assim desenvolveu a primeira planta padrão para construção de abatedouros frigoríficos, atendendo a todas as normas e exigências legais do Ministério da Agricultura (MAPA), desenvolvendo também um projeto de entrepostos frigoríficos, para municípios próximos a frigoríficos inspecionados.

A planta padrão, com capacidade para abate de 30/100 animais dia, derrubou o conceito de que só seria possível construir frigoríficos com investimentos mínimos acima de R$ 10 milhões, foi aprovada pelo MAPA e se tornou referência nacional, disponibilizada pela Seagri para as secretarias de Agricultura de todos os estados e para a iniciativa privada.

Na sequência, a Seagri/Adab lançou o programa de entrepostos frigoríficos, estruturas modulares, com capacidade para 30, 50 e 100 carcaças, instaladas junto aos centros comerciais dos municípios.

Os animais são abatidos em frigoríficos inspecionados. As carcaças saem dos frigoríficos e vão para os entrepostos, dotados de equipamentos em inox, onde os marchantes e açougueiros fazem a desossa, separando os tipos de carne de acordo com os hábitos e costumes de cada região.

Depois de trabalhada no entreposto, a carne é levada para os balcões frigoríficos instalados nos boxes dos centros comerciais, equipados com serrafita e balança, formando um módulo que dá a concepção final à cadeia da carne. Ainda visando apoiar a cadeia, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e a Desenbahia, agência de fomento do Estado, disponibilizam linha de crédito especial para que os açougueiros possam equipar seus boxes com balcões refrigerados.

Homenagem na exposição

Ao lado do presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, e do ex-presidente do Sindicato Rural de Itapetinga, Henrique Bruni, Eduardo Salles, depois de percorrer as instalações da 43ª Exposição de Itapetinga, a 17ª com status nacional, e 4ª Feira de Negócios do Sebrae, foi homenageado pelos produtores, através do sindicato, com o Troféu Amigo do Produtor, “pelos relevantes serviços prestados à agropecuária do Estado”, conforme explicou o presidente do sindicato, Adriano Alcântara.

Fonte: Ascom Seagri


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