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Jejum intermitente reduz risco de doenças cardíacas

21/03/2018 - 08h41

O jejum intermitente continua sendo uma das dietas da moda. Agora uma nova pesquisa da Universidade de Surrey sugere que seguir essa dieta pode trazer benefícios reais para a saúde além de emagrecer.

O estudo, publicado no British Journal of Nutrition, foi feito com 27 pessoas com sobrepeso que foram divididas em dois grupos. Um seguiu o método de jejum 5:2 (5 dias normais e 2 em jejum de 600 calorias), enquanto o outro seguiu uma dieta diária de restrição calórica. Ambos precisavam perder 5% de seu peso.

O objetivo era analisar o impacto do 5:2 na capacidade do corpo de metabolizar a gordura e a glicose após uma refeição e comparar os efeitos do jejum e da dieta de restrição calórica com relação à perda de peso.

Os participantes do 5:2 comiam normalmente por cinco dias e restringiram a 600 calorias em seus dois “dias de jejum”. Já os participantes do grupo da dieta diária ingeriram diariamente 600 calorias menos que a média. As mulheres comeram aproximadamente 1.400 calorias e os homens 1.900 calorias por dia.

É importante notar que o estudo foi relativamente pequeno e que 20% de cada grupo de participantes abandonaram, porque “não conseguiram tolerar a dieta ou não conseguiram atingir seu alvo de perda de peso de 5%”.

No entanto, dos participantes que completaram o experimento, os do 5:2 atingiram seu objetivo de perda de peso de 5% em 59 dias e aqueles na dieta diária conseguiram isso em 73 dias.

Os pesquisadores descobriram que o grupo do 5:2 reduziu a gordura do sangue (triglicerídeos) após as refeições mais rápido do que aqueles das dietas de restrição calórica.

Eles não encontraram diferenças no tratamento da glicose, mas disseram que ficaram “surpresas ao encontrar variações entre as dietas no peptídeo c (marcador de secreção de insulina do pâncreas) após a refeição, cujo significado precisará de uma investigação mais aprofundada”.

Os pesquisadores também descobriram que a pressão arterial sistólica (a pressão nos vasos sanguíneos quando seu coração bate) foi reduzida em 9% naqueles que seguiram a dieta 5:2.

“Uma redução na pressão arterial sistólica reduz a pressão sobre as artérias, diminuindo potencialmente a incidência de ataques cardíacos e derrames cerebrais”, afirmaram os pesquisadores.

“Alguns de nossos participantes lutaram para tolerar a dieta 5:2, o que sugere que essa abordagem não é adequada para todos. A chave para o sucesso da dieta é encontrar uma abordagem que você possa sustentar a longo prazo. Para aqueles capazes de manter a 5:2, a dieta potencialmente tem impacto benéfico em alguns marcadores de risco para doenças cardiovasculares. No entanto, precisamos de mais estudos para confirmar nossas descobertas”, afirma Rona Antoni, pesquisadora do metabolismo nutricional da Universidade de Surrey.

Fonte: Uol


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