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Nova Viçosa: reuniões com MPF e criação de grupo de trabalho, faz avançar busca por soluções no caso da lama nas praias

22/11/2018 - 15h00

O procurador do Ministério Público Federal (MPF), dr. André Luis Castro Caseli, recebeu na manhã de segunda-feira, 19 de novembro, em seu gabinete na Procuradoria da República em Teixeira de Freitas, o presidente da Câmara de Vereadores de Nova Viçosa, José Anastácio Carvalho Machado (DEM), acompanhado dos vereadores, João Farias de Souza (DEM), e Edmilson Figueiredo de Matos (PPS) e o secretário de Meio Ambiente do município, Francisco Geovane Rosal. Em pauta mais uma vez, o problema ambiental que vem prejudicando o balneário, com o acúmulo de lama nas praias.

No encontro, os vereadores e o secretário expuseram ao procurador a gravidade do problema e as ações já empenhadas na busca de uma possível solução, que só viria após um primeiro passo, a identificação da origem da lama que chega às praias, tornando-as impróprias para banho. A suspeita é de que a lama tenha origem na dragagem do Canal do Tomba, atividade que viabiliza a circulação das embarcações no terminal de barcaças da empresa Fíbria Celulose, no município de Caravelas.

Dr. André Luiz recebeu informações detalhadas sobre as reuniões entre prefeitura e Câmara de Nova Viçosa com representantes da Fíbria e organismos ambientais como IBAMA, IEMA, ICM-Bio entre outros.

Um destaque foi a mobilização realizada pela “Frente Popular Praia de Nova Viçosa Pede Socorro”, que resultou em manifestação de protesto contra a lama na praia no dia 5 de novembro. O procurador fez considerações sobre as explanações dos vereadores e secretário e recebeu com otimismo a informação da criação de um grupo entre os vários atores que já estão discutindo o assunto.

O Ministério Público será o fiscalizador das ações da comissão, mas podemos caminhar lado a lado, trata-se de uma área muito sensível, que além de Nova Viçosa, envolve o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos”, disse o procurador, informando ainda que o MPF instaurou um processo independente para o caso.

Já na manhã de terça-feira, 20, o problema com a lama voltou a ser assunto de mais uma reunião em Nova Viçosa, dessa vez no gabinete da presidência da Câmara de Vereadores. Entre os objetivos o principal seria definir as entidades e os seus representantes na comissão plural, que acompanhará o estudo a ser realizado por empresa especializada, para identificação da origem da lama.

Participaram desta reunião representantes das entidades que agora compõem o grupo de trabalho (GT) para tratar dos assuntos da lama, sendo eles: Câmara de Vereadores, Associação Hoteleira de Nova Viçosa, Fíbria, Prefeitura de Nova Viçosa com as secretarias de Meio Ambiente e Obras, consórcio Construir, movimento Praia de Nova Viçosa pede socorro e Colegiado Territorial do Extremo Sul da Bahia.

O GT criado tem a finalidade de ser o responsável por monitorar, cobrar e ajudar na elaboração de propostas viáveis que busquem resolver os problemas provocados pela grande quantidade de lama nas praias do Balneário. Serão elaboradas peças informativas para que toda a população possa acompanhar os desdobramentos das ações.

Agora os desfechos serão esperados a partir das ações desse GT, não nos é permitido errar, todos nós sabemos a responsabilidade irá nos acompanhar. Cabe a esse grupo não permitir, por exemplo, que Nova Viçosa vire uma cidade fantasma, porque se não tivermos êxito no empenho do nosso trabalho é o que está posto para acontecer”, concluiu o vereador Anastácio.

Novas ações acontecerão nos próximos dias, como uma audiência pública já marcada para o dia 6 de dezembro, com a presença do coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelino Galo. O evento acontecerá no Centro de Treinamento em Nova Viçosa.


Por Ascom 

Edição Bell Kojima/Repórter Coragem

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