Secretários de Saúde dizem que não vão exigir pedido para vacinar crianças
Secretários estaduais de Saúde foram contra o anúncio do governo e dizem que não vão exigir pedidos médicos para vacinar crianças contra a covid-19 em estados. O posicionamento veio do presidente do Conselho Nacional da área (Conass), em carta direcionada às próprias crianças e divulgada nesta sexta-feira (24.dez).
Entre as declarações, Carlos Lula lamenta o período de pandemia e as mortes causadas pelo coronavírus. O texto destaca que as crianças não precisam ter medo de agulhas e diz que cientistas de todo o mundo atestam a segurança da vacina. A carta também rebate a uma declaração do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que amenizou o impacto da pandemia no grupo infantil.
“Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomelite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos”, diz trecho do documento.
“Quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina”, destaca outro ponto.
O comunicado veio um dia após Marcelo Queiroga ter dito que o ministério vai recomendar que crianças entre 5 e 11 anos sejam vacinadas se houver recomendação médica. Segundo o titular da Saúde, também será necessário um termo de consentimento dos pais.
A vacinação de crianças entre 5 e 11 anos ainda está indefinida no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a imunização do grupo, apontando que o imunizante da Pfizer é seguro para a faixa etária. O Ministério da Saúde, no entanto, ainda não decidiu se irá incluir crianças no cronograma de imunização. Uma consulta pública está em andamento e uma audiência que vai tratar o tema está prevista para janeiro. A pasta deve chegar a uma conclusão após o evento.
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