Servidores pedem que Bolsonaro se explique por ataques à Anvisa
A Associação dos Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Univisa) ingressou com uma interpelação judicial contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) na terça-feira (1.fev). Os trabalhadores foram à Justiça junto com a deputada Erika Kokay (PT).
Os autores pedem, além de esclarecimentos, retratação do chefe do Executivo por suas alegações sobre a existência de interesses “escusos” por trás da liberação da vacinação infantil pela Anvisa, bem como pelas declarações sobre o número de mortes de crianças por covid no Brasil.
Um dia após liberação do ministério da Saúde, o presidente se colocou contra a vacinação de crianças. Agências do Brasil e do exterior atestam que o imunizante liberado no Brasil — uma versão com concentração reduzida da Pfizer — é seguro. Mas o líder do Executivo disse que não levará a filha, que está na faixa etária, para se vacinar e disse não entender os “tarados” por vacina.
Em dezembro, o presidente afirmou ainda que não estava “havendo morte de criança” que justificasse a emergência de vacinas contra covid-19 para a faixa etária.
Na interpelação, os servidores da Anvisa pedem que Bolsonaro se retrate, caso não consiga comprovar as informações prestadas em suas declarações, “considerando o número de óbitos de crianças em decorrência da covid-19, bem como a ausência de provas e/ou indícios de irregularidades na liberação da vacinação infantil pela Anvisa.”