Opinião

Uma UMI à Moda de Belitardo: Uma Farsa Publicitária em Meio à Tragédia

10/04/2024 - 13h16Por: tvff

Enquanto a população ainda lamenta a trágica e evitável morte da jovem Tainá, mais uma vez somos confrontados com a realidade distorcida que permeia a gestão pública. Em um ato de descaramento e desrespeito às vidas perdidas, o prefeito Marcelo Belitardo divulgou um vídeo institucional publicitário que retrata uma Unidade Materno-Infantil (UMI) que simplesmente não existe.

Enquanto a verdadeira UMI falha em oferecer os serviços essenciais de saúde, custando a vida de mães e bebês, somos apresentados a uma miragem, uma ilusão cuidadosamente fabricada para enganar e acalmar a população indignada. Nas telas brilhantes da propaganda, vemos salas limpas, equipamentos modernos e profissionais atenciosos, uma realidade que só existe nos sonhos do prefeito.

Além disso, para acrescentar insulto à tragédia, a nota publicada pelo hospital, pela UMI, após a morte da menina Tainá, tenta desesperadamente culpar a própria vítima por sua morte. Um absurdo que beira à crueldade. Culpar a vítima é uma tática covarde e vergonhosa para desviar a atenção de suas próprias falhas e negligências.

Como cidadãos, não podemos aceitar essa farsa. Exigimos uma UMI que corresponda às promessas vazias proclamadas em vídeos manipulados. Uma UMI onde todas as gestantes recebam o atendimento adequado, onde não haja negligência médica, onde vidas não sejam perdidas por pura incompetência e descaso.

Gostaríamos que a UMI fosse como a propaganda do prefeito Marcelo Belitardo: uma representação de excelência, eficiência e cuidado. Mas infelizmente, vivemos em uma realidade onde a propaganda supera a realidade, onde a política está acima da vida humana.

É hora de responsabilizar aqueles que falharam em proteger os cidadãos. É hora de exigir mudanças reais, não apenas promessas vazias e ilusões publicitárias. A vida de Tainá não pode ter sido em vão. Que sua morte seja um chamado à ação, um lembrete de que a saúde pública não pode ser tratada como uma peça de propaganda, mas sim como um direito humano fundamental.

Que a memória de Tainá nos inspire a lutar por uma UMI verdadeira, que cuide e proteja todas as mães e bebês, como merecem.


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