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BEP da PM está em obras para receber presos da Lava Jato no Rio

13/02/2017 - 16h58
Reprodução

A cadeia do BEP (Batalhão Prisional) da Polícia Militar do Rio, desativada desde 2015, está sendo reformada para receber os presos da Operação Lava Jato. Devem ser transferidos todos os acusados com curso superior, como o ex-governador do estado Sérgio Cabral. O empresário Eike Batista vai continuar em Bangu.

   Antes, o presídio mantinha PMs presos na espera de julgamento ou transferência para presídios. Porém, o local ficou conhecido por proporcionar regalias aos seus moradores, como festas de aniversário, celas decoradas, carregamento de cerveja e até fuga.

Ele foi desativado, em 2015, depois que uma juíza foi agredida por detentos quando fiscalizava a cadeia.

Após concluída a reforma, o local deve receber 17 dos 21 presos da Lava Jato no Rio, que hoje se encontram no Complexo de Gericinó, em Bangu, segundo o Fantástico.

Serão nove celas com capacidade para oito presos, 72 no total. Eles ficarão no segundo andar do prédio, em celas com 16 metros que terão quatro beliches, vaso sanitário e chuveiro. Uma doação dos colchões usados pelos atletas olímpicos durante os Jogos de 2016 garantirão mais conforto aos detentos.

   A reforma custou apenas R$ 20 mil, pois está sendo feito pelos próprios detentos. O presídio terá, no total, 216 vagas, incluindo as 72 dos presos da Lava Jato. O local deve ficar pronto no mês que vem.

O Ministério Público do Rio vai tentar impedir as transferências, pois receia que os presos possam vir a receber vantagens especiais no local, além de alegar que estão todos devidamente instalados em Bangu.



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