Buraco deixado pela prefeitura faz sua segunda vítima
Foi velado na tarde de sexta-feira (9/5) , na rua da Penha, número 48, São Lourenço, o corpo da doméstica Nildeomar Ferreira Gomes, 50 anos, que faleceu na noite da quinta-feira (8/5) quando estava no velório da amiga e também doméstica Fildecina Maria Costa Farias, 50 anos, que morreu ao cair numa valeta em uma via pública no bairro Arco Verde.
Jailda
Dona Nildeomar foi ao velório acompanhada de uma vizinha de prenome Jailda e, ao entrar no velório, não conteve a emoção ao ver a amiga morta e desmaiou.
A doméstica ainda chegou a ser socorrida imediatamente por populares, mas, não resistiu e veio a óbito antes de dar entrada no hospital.
A vítima, de acordo com familiares, não possuía histórico de problemas cardíacos ou outra doença grave.
De acordo com dona Eunice, que é vizinha de Nildeomar há mais de 27 anos, a tragédia aconteceu devido ao descaso da prefeitura em não resolver os anseios da população. Muito chorosa, dona Eunice, que conhecia ambas as vítimas, negou veementemente que a primeira vítima fosse alcoólatra como foi amplamente divulgado nos meios de comunicação, que ela possuía histórico de depressão, e que só às vezes ela fazia uso de bebida alcoólica.
“Agora só a revolta e a dor da saudade, ainda ontem ela estava aqui sentada no meu passeio conversando. Toda tarde ela sentava aqui. Agora ela será apenas uma lembrança de uma pessoa especial. Não me conformo”, falou.
As filhas de Nildeomar aos prantos gritavam pela mãe durante o velório, não acreditando na tragédia.
Nildeomar deixa três filhas e um filho que estava vindo de São Paulo para o enterro.
Mais uma família que não terá o que comemorar no Dia das Mães, mais dor e sofrimento para a população que espera ainda por atitudes da administração municipal.
Por Viviane Moreira / Repórter Coragem