Coordenadora de Laboratório do Hospital Costa das Baleias é Acusada de Agressão Física e Verbal contra Funcionária
Uma denúncia grave envolvendo assédio moral e agressão física no ambiente de trabalho está abalando o Hospital Estadual Costa das Baleias. Talina Leite Oliveira, coordenadora do laboratório de exames do hospital, é acusada de agredir fisicamente e verbalmente a técnica de laboratório Cleidiane Santos Santana no dia 5 de fevereiro de 2025. O caso ganhou repercussão após Cleidiane registrar um boletim de ocorrência e relatar os detalhes do episódio, que culminou em sua demissão no dia 18 de março.
De acordo com o relato de Cleidiane, a agressão ocorreu por volta das 15 horas, quando ela retornava da emergência com material coletado de pacientes. Talina teria tomado a maleta de suas mãos, jogado-a em uma cadeira e, em seguida, agarrado seu braço com força, arrastando-a até a sala da coordenadora. Lá, Cleidiane foi submetida a uma série de ofensas verbais, sendo chamada de “lixo” e ouvindo que não tinha “perfil para trabalhar no laboratório”. O episódio causou um pico de pressão arterial em Cleidiane, que precisou ser atendida na própria unidade onde trabalha.
No boletim de ocorrência, Cleidiane descreveu o ocorrido: “Cheguei no trabalho por volta das 7 horas da manhã e, desde então, a coordenadora do laboratório do Hospital Estadual Costa das Baleias, Talina Leite, começou a me intimidar. Por volta das 15 horas, quando eu estava voltando da emergência com material coletado de paciente, ela tomou a maleta da minha mão, jogou na cadeira e me segurou pelo braço, me arrastando para a sala dela. Lá, me dirigiu várias falas ofensivas, me humilhando, dizendo que eu não tinha perfil para trabalhar no local. Passei mal, minha pressão arterial subiu e tive que ser atendida na unidade na qual sou colaboradora. Não é a primeira vez que ela me trata dessa forma, mas agora ela simplesmente me agrediu, apertando meu braço e me puxando.”
Além desse episódio, Cleidiane faz uma série de outras denúncias contra Talina Leite, incluindo erros no lançamento de exames no sistema, maus-tratos a outros funcionários, assédio moral recorrente e falta de insumos necessários para o bom funcionamento do laboratório. Segundo ela, o ambiente de trabalho é marcado por intimidação e desrespeito.
A situação se agravou no dia 18 de março, quando Cleidiane foi demitida após cumprir um plantão de 12 horas. A demissão, segundo ela, ocorreu sem justificativa clara, levantando suspeitas de retaliação pela denúncia feita.
Procurada pela reportagem, a direção do Hospital Costa das Baleias, por meio de sua assessoria de imprensa, ainda não se manifestou sobre o caso. A equipe do Repórter Coragem aguarda um posicionamento oficial da instituição.
Especialistas em direito trabalhista destacam que casos de assédio moral e agressão física no ambiente de trabalho são crimes graves, passíveis de punição tanto na esfera trabalhista quanto na penal. Cleidiane afirma que buscará justiça por meio de ações judiciais, incluindo indenização por danos morais e materiais.
O caso expõe a necessidade de uma investigação minuciosa e de medidas efetivas para garantir um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos os funcionários do Hospital Costa das Baleias. Enquanto isso, a comunidade local acompanha com preocupação o desenrolar dos fatos.
Por Jotta Mendes | Repórter Coragem