Crime contra São Leão: marginais usaram vestimentas militares
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O coordenador da 8ª Coorpin de Teixeira de Freitas, delegado-chefe Marcus Vinícius, reuniu na tarde de quinta-feira (24/4) Jorge Nascimento, de Itanhém, e os titulares de Teixeira de Freitas, Wendel Ferreira, Kleber Gonçalves e Marco Antônio Neves, para apresentar à imprensa os acusados do homicídio que teve como vítima o agricultor Gilmar São Leão, assassinado no dia 21 de março de 2014, na Estrada do Corró, zona rural de Itanhém.
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Os acusados são: Gilmar da Silva Caraíba, 29 anos; Walas Rigo Pinho, 23 anos; André Pinho Paixão, 26 anos; Arthur Neves de Barros, “Paraíba”, 24 anos; e José Hélio Pereira de Araújo, de 67 anos; que não esteve presente na apresentação.
José Hélio, que é proprietário de um bar no São Lourenço, estava de posse da espingarda calibre 12 usada por Arthur no dia do crime, sendo autuado em flagrante delito por posse ilegal de arma de fogo (Estatuto do Desarmamento, art. 14, da Lei 10.826), e irá responder o processo em liberdade.
“Durante a operação São Leão” a polícia ainda apreendeu dois revólveres municiados, uma espingarda calibre 12, fardamento da Polícia Militar, um conjunto com quatro calças, um boné, uma boina, nove camisas e três capas de colete.
A principal motivação do crime teria sido vingança. De acordo com a Polícia Civil, Walas Rigo é filho de José Antônio Pinho Paixão, que era conhecido como “Tonho de Rael”, que foi assassinado dia 27 de janeiro de 2011, também em uma fazenda em Itanhém. Walas teria descoberto que seu pai havia sido assassinado pelos São leão e resolveu vingar sua morte.
Durante a ação, os acusados a bordo de um Fiat Uno vermelho e um Palio branco, ambos alugados por Gilmar, vestidos como militares, simularam uma blitz e abordaram a vítima, que trafegava em uma motocicleta, sendo alvejada com um tiro nas costas. Gilmar ainda empenhou fuga, porém, foi alvejado por mais dois disparos. Socorrido pelo Samu, morreu no dia seguinte.
Gilmar e “Tonho de Rael” eram primos, sendo Walas Rigo sobrinho de André Pinho, o que torna o crime de autoria familiar.
Por Viviane Moreira / Repórter Coragem