Ex-presidente da OAS reafirma que reforma de sítio era propina do PT
O ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, voltou a afirmar em interrogatório à Justiça, nessa sexta-feira, 9 de novembro, que o gasto referente à reforma do sítio de Atibaia (SP) foi descontado da propina que a empreiteira pagou ao PT.
No depoimento, Pinheiro disse que a empresa mantinha uma conta corrente de propina com o partido e que a reforma do triplex do Guarujá (SP) também saiu dessa conta, segundo publicado pelo G1.
De acordo com o executivo, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, era quem intermediava os repasses com a empresa.
A OAS afirma ter pago R$ 170 mil pela reforma da cozinha do sítio. O partido, no entanto, nega as acusações.
Pinheiro e os ex-executivos, Paulo Gordilho e Agenor Franklin Medeiros, também da OAS, prestaram depoimento nessa sexta-feira à juíza federal, Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, substituta temporária do juiz, Sérgio Moro, na Lava Jato.
O ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, os três ex-executivos da OAS e outras nove pessoas são réus no processo que investiga se o petista recebeu propina de empreiteiras por meio de reformas em um sítio em Atibaia, em troca de contratos com a Petrobras.
Para a defesa de Lula, ao invés de se defender, Léo Pinheiro preferiu acusar o ex-presidente com afirmações mentirosas.
O objetivo do executivo seria, segundo os advogados, convencer o Ministério Público Federal (MPF) a conceder benefícios aos réus confessos, como redução de penas.
Edição Bell Kojima/Repórter Coragem