Funcionário da Usina Santa Maria é preso por série de furtos na usina; receptador também confessa crime
A Polícia Civil da Bahia desvendou uma série de furtos ocorridos na Usina Santa Maria, em Medeiros Neto (BA). Um funcionário da empresa foi identificado como autor dos roubos, que resultaram no sumiço de 30 válvulas “quebra-vácuo” — 29 de bronze e uma de inox —, avaliadas em R$ 3.500 cada. O prejuízo total poderia chegar a R$ 100 mil, considerando a reposição dos equipamentos e possíveis paralisações na produção.
### *Crime foi descoberto após manutenção*
Os furtos aconteceram desde janeiro de 2025, mas só foram descobertos em 26 de março, quando um representante da usina notificou o sumiço das peças, que estavam armazenadas para instalação nas torres de destilaria de álcool.
As investigações, iniciadas no dia seguinte, contaram com o apoio da 44ª Companhia Independente de Polícia Militar (44ª CIPM). Durante as diligências, os policiais utilizaram uma estratégia inusitada: uma urna para denúncias anônimas entre os funcionários. A medida ajudou a levantar suspeitas sobre um trabalhador do setor.
### *Autor confessou e revelou destino das peças*
No sábado (29), o suspeito, que não compareceu ao trabalho, foi localizado perto de sua casa e confessou os crimes. Ele admitiu ter furtado as válvulas e vendido a um centro de reciclagem local. O dono do estabelecimento, após negar inicialmente, também confessou ter recebido o material e revelou que seu filho havia levado as peças para Minas Gerais.
Na delegacia, o funcionário apresentou comprovantes de 20 transações PIX, totalizando R$ 5.032,90 recebidos pela venda. No domingo (30), as 30 válvulas foram devolvidas à usina por um intermediário.
### *Crimes enquadrados como continuados*
O autor foi indiciado por 30 crimes de furto continuado (art. 71 do Código Penal). Já o dono do centro de reciclagem e seu filho responderão por receptação qualificada, também em forma continuada. Todos os envolvidos responderão ao processo em liberdade.
A Delegacia Territorial de Medeiros Neto destacou a importância da colaboração anônima para a elucidação do caso e evitou maiores prejuízos à empresa.