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Funcionário que matou carpinteiro é condenado a 18 anos; esposa da vítima foi a mandante do crime

11/12/2015 - 15h38

Cosme Souza Santos

O Júri Popular que decidiu a sentença de Cosme Souza Santos, aconteceu nesta quinta-feira (10), no Fórum de Teixeira de Freitas. O julgamento presidido pelo juiz Argenildo Fernandes foi iniciado por volta das 9h e concluído no final da noite.

Cosme, que já tava preso há 4 anos e 10 meses, foi condenado a 18 anos de regime fechado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele é autor do assassinato do carpinteiro, Aurelino Ângelo Custódio (64 anos), ocorrido em 12 de novembro de 2011, na rua Mauá em Teixeira de Freitas.

Aurelino Ângelo Custódio

A incentivadora do crime é a esposa da vítima, Maria Nilce Pereira de Jesus (47 anos), que também seria julgada nesta quinta-feira, mas por conta de um atestado médico, o júri foi desmembrado seu julgamento remarcado para o final de fevereiro de 2016.

Na época, os dois enterraram o corpo do carpinteiro nos fundos da marcenaria onde trabalhavam. Maria chegou a prestar queixa pelo desaparecimento do marido.

Maria Nilce Pereira de Jesus

Nas investigações do caso, cerca de 10 pessoas foram ouvidas pelo delegado Charlton Bortolini. Alguns depoimentos entraram em contradição e Polícia Civil conseguiu elucidar o crime. O corpo de Aurelino só foi encontrado no dia 8 de março de 2012 em uma cova no interior da loja debaixo de uma pilha de madeiras.

O assassinato

Cosme já trabalhava com Aurelino há quatro anos, e matou o patrão por questões trabalhistas não resolvidas. Ele também disse que era bastante humilhado pela vítima.

Para a Polícia o crime foi premeditado por Maria Nilce, que alegou ter sido agredida várias vezes pelo marido. Uma enteada da vítima também disse ter sido abusada na adolescência pelo carpinteiro, no entanto, as duas nunca procuraram a Polícia, pelo contrário, Aurelino era quem já havia registrado queixas de que estava enfrentando problemas com a esposa e o filho adolescente que foi levado por Cosme ao Rio de Janeiro, logo após o homicídio.

Aurelino Ângelo Custódio (2)

No dia do crime, Aurelino teria discutido com a esposa, e Cosme teria interferido e matado o carpinteiro. De acordo com Maria Nilce, Aurelino estava sob efeitos de tranqüilizantes que ela teria dado a ele para dormir e impedir que ele saísse à rua para participar de jogos de azar. Ela estaria tentando separar do marido, mas ele não aceitava o divórcio, motivo pelo qual o casal discutia freqüentemente.

Aurelino foi morto por asfixia, a hipótese de o crime ter sido premeditado, foi reforçado depois que o corpo enterrado nos fundos da carpintaria foi desenterrado, no pescoço estava um cabo de aço com duas bases (ripas) nas laterais.

Aurelino Ângelo Custódio (1)

Foram necessárias quase duas horas para escavar o buraco em que Aurelino foi enterrado, o buraco tinha uma profundidade total de 1 metro e meio. Maria Nilce confessou ter ajudado Cosme a enterrar o corpo do marido.

Por Uinderlei Guimarães/SulBahiaNews

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