Polícia

Funerária Teixeira de Freitas é acusada de violar local de crime

14/05/2012 - 19h00

Agentes funerários da funerária Teixeira de Freitas que fica sediada em frente ao hospital municipal, estão sendo acusados de violar um local de crime, providenciar todo o trabalho funerário e devolver o corpo à família para que pudessem proceder ao velório e sepultamento.

O fato teria ocorrido no início da manhã de segunda-feira, 14 de maio, por volta das 06h00, quando agentes da funerária Teixeira de Freitas teriam comparecido a Rua Paulo Afonso, no Castelinho, onde o corpo de Orisvaldo Mendes de Almeida teria sido encontrado por familiares, com uma corda amarrada no pescoço.

Imediatamente os familiares cortaram a corda e chamaram o SAMU, que compareceu ao local tentou animar a vítima, mais constatou que o óbito já havia sido consumado, o SAMU então solicitou a presença da Polícia Militar, que compareceu ao local para guardar a cena do crime, durante a presença da Polícia Militar no local, houve um tiroteio entre criminosos no Colina Verde e os policiais foram solicitados para que fossem ao Colina Verde.

Antes de sair do local, a Polícia Militar orientou os familiares e os agentes funerários de que para remover o corpo deveria ser solicitada a presença da Polícia Civil, os familiares chegaram a tentar manter o contato com a Polícia Civil, mais como não conseguiram deram ordens aos agentes funerários para que pudessem remover o corpo.

Mesmo sabendo que estava  agindo em confronto com a lei, os agentes funerários removeram o corpo até a sede da funerária, fizeram todo o procedimento para que o corpo ficasse em situação de ser velado e devolveu o corpo aos familiares, que começaram a velar o corpo.

Em determinado momento, os familiares se deram conta de que para sepultar o corpo necessitaria de uma certidão de óbito, quando foram a delegacia para conseguir a certidão de óbito, a polícia perguntou onde tinha ocorrido o fato, eles disseram relatando, que o corpo já havia sido removido e que já se encontrava pronto para o sepultamento.

Quando a Polícia Civil foi informada de como os fatos teriam ocorridos disseram que não poderiam emitir uma certidão de óbito, uma vez que para emitir a certidão de óbito, a polícia técnica deveria ser solicitada ao local e realizar os trabalhos de perícia no local do crime.

Ao tomar conhecimento dos fatos, o delegado titular substituto Marco Antonio, determinou imediatamente que o corpo fosse removido ao DPT para que fosse realizado os trabalhos de perícia, para que se constasse qual teria sido a causa morte da vítima, para que todo o procedimento fosse feito como manda a lei.

Após a remoção do corpo ao DPT, o delegado Marco Antonio instaurou inquérito policial no sentido de apurar as responsabilidades de quem teria removido o corpo do local e provocado a violação do local do crime, como não houve autorização de nenhuma autoridade policial, os agentes funerários da Funerária Teixeira de Freitas passaram a responder por violação de local de crime e deverão ser penalizados como manda a lei.

Já foram ouvidos pelo delegado Marco Antonio, os policiais militares que estiveram no local, os agentes funerários, familiares da vítima e pessoas que estavam no local do crime também deverão ser ouvidos, inclusive um cidadão identificado até agora como Arnaldinho, que teria garantido a família, que fizesse a remoção do corpo que ele arrumaria uma certidão de óbito, ainda não se sabe quem é este cidadão e de onde ele tinha tanta certeza que conseguiria a certidão.

O delegado Marco Antonio em conversa com nossa reportagem confirmou todas as irregularidades no processo, garantido inclusive que deverá indiciar os agentes funerários por violação de local de crime, para que os mesmos sejam responsabilizados perante a justiça criminal.

Por Jotta Mendes/reportercoragem


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