Indignação: policiais militares são transportados em ônibus escolar e de péssimas condições
Ainda ocorrem fatos em nossa região, que demonstram o desprezo de alguns gestores públicos pela Classe Praça Policial Militar.
Gestores estes, que deveriam ser as primeiras pessoas a valorizarem o suor derramado por esses heróis, pois são os primeiros a usufruírem dele. O fato a seguir é o mais recente dessa natureza.
Na noite do dia 31 de dezembro 2015, na sede do 13º BEIC/Teixeira de Freitas, o veículo oferecido para o transporte do efetivo de 35 alunos a soldado e outros 17 Policiais Militares lotados na 87ª CIPM, para deslocamento à cidade de Alcobaça, para atuarem no policiamento da festa de virada de ano, denota total falta de respeito da administração pública aos profissionais, que naquele momento, se abnegavam do direito de ver nascer o primeiro dia do novo ano em companhias de suas famílias para cumprir com o dever de proteger famílias que ao menos conhecessem.
Pois o veículo usado, trata-se de um ônibus escolar em péssimo estado de conservação, cujos bancos, além de danificados e molhados, não dispunham de cintos de segurança, de plástico, não reclináveis e sem protetor cervical.
Houve policial viajando sentado em capacete, e outros com o fardamento molhado, e ainda outros em pé.
O motorista do ônibus relatou que a viagem fora contratada de última hora e reclamava estar cansado e com sono, pois estava acordado desde a madrugada daquele dia. E o notável nesta situação, é que se trata de um ônibus escolar, e
“ônibus escolar não é para transportar policiais militares.”
Cerca de uma semana anterior a este fato, a APRATEF solicitou ao comandante da 88ª CIPM, Major PM Dantas, através de ofício, que providências fossem previamente tomadas para que se evitassem transtornos para os policiais que trabalhariam em Alcobaça no reforço do policiamento.
Em contato pessoal, foi nos garantido pelo Major que todas as providências seriam tomadas para que os profissionais tivessem garantida a dignidade merecida. Promessa descumprida no fato narrado.
A APRATEF, defensora dos direitos das Praças Policiais Militares do Extremo Sul vêm através desta nota, tornar o fato conhecido da sociedade e pedir aos gestores responsáveis pelo fato, esclarecimentos junto à Classe Policial Militar, ora ofendida. Exigimos respeito.
Clerisvaldo Macedo dos Santos – Presidente