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Jovem encontrada morta em represa saiu de casa para encontrar rapaz que conheceu no Facebook, diz irmã

27/12/2017 - 17h08

A irmã de Juliana Jovino (24 anos), encontrada morta na tarde de segunda-feira (25) na represa de Itupararanga, em Votorantim (SP), disse que a jovem havia saído de casa com a filha, de dois anos, para se encontrar com um rapaz que conheceu pelo Facebook. A criança foi encontrada abandonada e abraçada a uma árvore de uma rua do Jardim Eldorado, em Sorocaba (SP), no mesmo dia em que a mãe foi dada como morta.

Em entrevista por telefone ao G1 nesta quarta-feira (27), Rosana Jovino contou que a irmã inicialmente disse que ia passar o Natal com a filha na casa de uma amiga, mas ela não chegou a aparecer por lá.

   “Essa amiga dela nos contou depois que ela ia se encontrar primeiro com esse rapaz que conheceu pelo Facebook, que ninguém sabe o nome, porque é algo recente, e depois ia lá na casa dela para a ceia de Natal.

Juliana mantinha um envolvimento amoroso com um outro rapaz, mas não era um relacionamento sério, segundo a irmã.

   “Eles ficavam de vez em quando. Ele vinha em casa, dava presente para minha sobrinha, que gostava muito dele, mas não era um namoro de fato.

O rapaz, inclusive, chegou a ser mencionado como suspeito pelo desaparecimento de Juliana, mas Rosana conta que ele foi no velório da irmã, disse que não sabia de nada, prestou condolências para a família e chorou bastante no túmulo.

   “A gente não desconfia dele, ele foi no velório e depois veio em casa também. Eles ficavam antes, mas minha irmã tinha conhecido esse rapaz novo aí, que ninguém sabe o nome“, acrescenta.

Família acredita em fatalidade

Como o corpo de Juliana foi encontrado dentro da represa de Itupararanga, sem sinais de agressão física, a família acredita que a morte tenha sido uma fatalidade. Ainda mais porque a causa da morte, segundo a irmã, foi por afogamento.

Para Rosana, ela deve ter ido até a represa para nadar com o rapaz que conheceu no Facebook e a filha, quando acabou se afogando.

   “Acho que esse rapaz ficou desesperado na hora, não soube o que fazer e, por isso, acabou deixando a minha sobrinha abandonada na rua. Não acreditamos que ela tenha sido morta e, sim, numa fatalidade. Minha irmã não tinha problema com ninguém.

O delegado responsável pelas investigações do caso, Gilberto Montenegro disse que não descarta a possibilidade de um afogamento por acidente. Porém, não descarta outras possibilidades.

   “Pode ter sido, sim, um caso de violência contra mulher. O casal pode ter brigado e ele pode tê-la matado. Nós vamos ouvir a família essa semana, ir em busca de testemunhas, para poder entender qual era a relação com esse rapaz, porque pode ter sido um caso de feminicídio“, garante o delegado.

Criança abandonada

A filha de Juliana foi localizada por moradores do bairro Jardim Eldorado abandonada e abraçada em uma árvore, em Sorocaba, na manhã de segunda-feira. Conforme a Polícia Militar, a menina estava só de fralda e suja na na rua Celina Stela Corradi.

O morador recolheu a menina, deu banho e a alimentou. Depois, acionou a PM e a Guarda Civil Municipal. O Conselho Tutelar também foi chamado e acompanhou todo o caso. Um boletim de ocorrência de abandono de incapaz foi registrado na delegacia da cidade.

A menina foi acolhida e levada para um abrigo do Conselho Tutelar até que haja uma definição judicial, já que ela não tem pai reconhecido na certidão de nascimento. O caso deverá ser decidido pela Vara da Infância e Juventude de Sorocaba.


Edição Bell Kojima


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