Tráfico de drogas

Juiz determina prisão preventiva do empresário Gilson Neres

09/12/2020 - 15h14Por: Siara Oliveira/SBN

Gilson Neres de Souza

Na audiência de custódia desta terça-feira, 8 de dezembro, o juiz titular da Comarca Criminal de Teixeira de Freitas, dr. Rodrigo Quadros, não viu ilegalidade na prisão do comerciante Gilson Neres de Souza e determinou a sua prisão preventiva. O advogado de defesa, Paulo Andrade, até tentou o relaxamento da prisão do empresário que está sendo acusado de tráfico de drogas, após a apreensão de mais de 100 kg de entorpecentes dentro de seu estabelecimento comercial no último dia 3, mas o juiz converteu o flagrante em preventiva.

Além disso, o loteiro Cristiano Santana Sena, também teve a prisão preventiva decretada e também será levado para o presídio.

A prisão dos dois aconteceu após a Caema receber uma denúncia anônima informando que na transportadora havia chegado uma grande quantidade de drogas vindas de outro estado. No local, os policiais abordaram Gilson dentro do escritório e o loteiro vindo de Eunápolis para buscar a carga a pedido de um suposto cliente, que lhe pagaria R$ 700,00 pelo transporte.

Em depoimento, Gilson contou que por não possuir grau de escolaridade, delega todas as funções de controle de entrada e saída das mercadorias aos funcionários, e que não sabia o conteúdo dentro das caixas apreendidas. Questionado sobre a origem da droga, Gilson reforçou que não sabia o que continha nas caixas e que elas teriam vindo do Brás, em São Paulo, junto com outras mercadorias de clientes. O comerciante reconhece que nunca verificou o conteúdo das cargas dos clientes e trabalha assim há mais de uma década.

Nesta segunda-feira, 7, amigos e clientes do comerciante fizeram protesto pelas ruas da cidade alegando inocência do acusado. Eles afirmam que Gilson nunca se envolveu com material ilícito e que o seu trabalho é baseado na honestidade. Gilson não tem muitos recursos financeiros e familiares criaram uma vaquinha para pagar honorários do advogado.

A defesa revelou que pediu ao delegado responsável pelo caso, Ricardo Amaral, que analisasse as imagens das câmeras de segurança do hotel em São Paulo, de onde saiu as drogas, para identificar quem foi o autor do crime.

O advogado, Paulo Andrade, recorda de um caso recente semelhante ao de Gilson, onde drogas foram plantadas dentro do ônibus de um comerciante e a carga também chegou a ser apreendida dentro de seu estabelecimento comercial, mas que as imagens comprovaram a sua inocência.

O caso segue repercutindo em Teixeira de Freitas e região, com manifestações e demonstração de apoio popular ao acusado.

Revisão: Bell Kojima/RC


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