Destaque

Juíza determina soltura de dono de carreta do acidente em Guarapari

26/06/2017 - 16h22

O proprietário da empresa Jamarli Transportes, Jacymar Pretti, responsável pela carreta que causou o acidente que vitimou 23 pessoas em Guarapari, na última quinta-feira (22), foi solto ainda no último sábado (24).

Indiciado por homicídio com dolo eventual, quando a pessoa assume o risco de provocar o acidente, Jacymar está preso desde a última sexta-feira (23), no Centro de Triagem de Viana.

A decisão de liberar Jacymar foi da juíza Daniela Agapito, que alegou ser ilegal a prisão em flagrante do responsável pela empresa.

   Na sua decisão, Daniela revela que “não se exclui a possibilidade de prisão em flagrante para quem, logo após o cometimento do crime se apresenta a autoridade policial, claramente para fugir do flagrante, mas jamais deve ser admitida a prisão após decorrido razoável período entre o fato e a apresentação espontânea“.

O acidente

A batida envolvendo um ônibus interestadual, uma carreta carregada com uma pedra de granito e duas ambulâncias de municípios do interior do Estado aconteceu na manhã da última quinta-feira (22). Vídeos mostraram o desespero das vítimas do acidente. No total, 23 pessoas morreram.

O número inicial era de 21 mortos, mas duas vítimas que deram entrada no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, em estado grave, não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo. Entre elas estava um jovem de 24 anos, que teve 95% do corpo queimado.

   A causa do acidente ainda não foi oficialmente confirmada, mas a PRF (Polícia Rodoviária Federal) suspeita que um pneu estourado da carreta pode ser a causa principal. Além disso, os policiais constataram que o veículo não estava em boas condições e o peso ultrapassava 11 toneladas do total permitido. 

Um dos proprietários da empresa Jamarli Transportes, responsável pela carreta, chegou a ser preso em flagrante na última sexta-feira (23), mas foi liberado no último sábado (24).

O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, classificou o acidente como “a maior tragédia rodoviária do Espírito Santo“.

Além disso, a Comissão de Fiscalização da Concessionária ECO 101, na Câmara dos Deputados, entrará com uma denúncia no MPF (Ministério Público Federal) contra a empresa que administra a BR 101.


Edição Bell Kojima/Repórter Coragem


Entenda o caso:



Deixe seu comentário