Polícia

Macaco toma Red Bull, cria asas e volta a voar para carceragem da 8ª Coorpin

20/11/2012 - 23h39
Os mistérios que levaram um macaco hidráulico que normalmente só é utilizado em mecânica ou borracharia, em razão de que seu uso fica mais restrito a quem trabalha diretamente no concerto de veículo, à carceragem da 8ª Coorpin ainda é fruto de investigação da equipe do delegado Marcus Vinicius, coordenador da 8ª Coorpin, mas o mistério começa a ser desvendado por aqueles que têm mente mais aguçada, teria o macaco se utilizado do energético Red Bull, criado asas e voado para dentro da carceragem da 8ª Coorpin?

Muito dificilmente o macaco seria levado dentro de uma mochila, além de ser um pouco grande, o macaco pesa cerca de 10 a 15 quilos, o que dificultaria carregar o mesmo dentro de uma mochila para que ele pudesse entrar no dia de visita aos presos por um de seus parentes, também pelo seu peso seria pouco provável que o macaco tenha sido arremessado para dentro da carceragem, haja vista que o seu peso dificultaria seu arremesso.

E como teria o macaco chegado à carceragem onde foi encontrado? Seria a carceragem da 8ª Coorpin uma oficina para que os presos pudessem concertar veículos e ressocializar com a sociedade? O macaco também é muito grande e pesado para entrar nas partes íntimas de algum parente de preso.

Essa não é a primeira vez que um macaco aparece dentro da carceragem da 8ª Coorpin, em 15 de maio de 2012, quatro presos que estavam custodiados na carceragem da 8ª Coorpin, teriam fugido com ajuda de um macaco, daquela vez o macaco era muito menor e foi colocado lá dentro por  Willian Aldrin, o “Japa”, 23 anos, que escalou o paredão do presídio do Complexo Policial, abriu as vigas de concreto com o uso de um macaco, promovendo justamente a abertura necessária para a fuga.

No meio do plano de Japa, a movimentação fez com que o setor de custódia acabasse descobrindo a fuga, mas isso não foi suficiente para evitar a fuga de presos como Lindiomar de Jesus Aguiar e Daniel Gomes Damasceno, o “Paulista”, ambos presos por furto, Alex Silva Rodrigues, que respondia por porte ilegal de arma de fogo, além de Délio Souza Rocha, detento contumaz na prática de fuga e que estava preso por homicídio e porte ilegal de arma de fogo, mas evitou o que seria uma fuga em massa.

Desta vez o Serviço de Investigação da 8ª Coorpin, descobriu a tempo a presença do macaco dentro das celas e frustrou aquela que poderia ser uma fuga cinematográfica da carceragem da 8ª Coorpin, o poder de fazer com que as vigas fossem rompidas do macaco encontrado a cerca de 15 dias, seria muito maior que o macaco utilizado na fuga anterior, o que poderia ocasionar uma fuga muito maior.

A carceragem da 8ª Coorpin abriga atualmente cerca de 100 presos, nos últimos dias houve uma transferência de cerca de 30 presos para o Conjunto Penal, mas mesmo com a transferência, ainda permanece custodiado nas sete celas da 8ª Coorpin cerca de 100 presos.

Estes presos vivem em situação desumana, uma vez que a carceragem da 8ª Coorpin foi projetada para 28 presos provisórios, mas vem comportando cerca de 100 e tem presos que estão lá há mais de dois anos, o que tira deste preso a condição de preso provisório, presos que apesar do muito tempo que estão custodiados não tiveram se quer audiências de seus processos.

Essa superlotação, que faz com que os presos vivam em situação desumana é a mesma que torna a carceragem muito mais vulnerável, torna os servidores da 8ª Coorpin ainda mais vulneráveis em razão da falta de proteção que os mesmos possuem diante de tantos seres humanos que estão ali esperando por um momento de descuido para tentar a fuga.

Ao encontrar o macaco, o serviço de investigação mostrou inteligência, agiu com eficiência e evitou que cerca de 100 presos pudessem ganhar as ruas, promovendo um Deus nos acuda na reta final do ano de 2012, mas ao mesmo tempo mostrou a vulnerabilidade da carceragem da 8ª Coorpin.

Isso mostra também à Secretaria de Segurança Pública, que delegacia não é lugar para custodiar presos, que estes presos deveriam ter seus processos analisados e se fossem condenados levados ao presídio, se fossem considerados inocentes que ganhassem a oportunidade de novamente voltar a viver em sociedade, mas o que não pode é estes presos ficarem jogados à própria sorte, como se fossem um monte de lixo, aliás, nem lixo, porque hoje tudo está tendo serventia.

O governo do Estado já disse há tempos atrás que delegacia não é lugar de presos, que a Polícia Civil não pode está custodiando presos, e o que estes presos continuam fazendo na carceragem da 8ª Coorpin?

Porque o governo do Estado entende que lá não é lugar de presos e não faz nada para acabar com aquilo?

Será necessário que haja uma fuga em massa, ou até mesmo uma grande rebelião para que se tome providencia?

Se existe alguma coisa a ser feita, já passou da hora, a solução seria para ontem, hoje já é tarde.

Caso não seja tomada uma providência, será necessário proibir as vendas de Red Bull na cidade, é preciso também pedir que o IBAMA fiscalize a carceragem para ter certeza que o macaco está sendo bem tratado, o que não seja uma espécie em extinção.

Mas se faltar um macaco na sua oficina, observe se não há uma lata de Red Bull vazia por perto, se houver talvez o macaco tenha experimentado o Red Bull e a propaganda do energético pode ter realmente funcionado, afinal se Red Bull te dar asas, quem mais poderia levar o macaco hidráulico para dentro da carceragem da 8ª Coorpin? Red Bull lhe dar asas!

Por Jotta Mendes/reportercoragem


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