Médico omite socorro a presos da justiça e quase termina preso
Na tarde de domingo, 13 de maio, por volta das 16h30min, os policiais civis Jaconias e Jerry de Oliveira, tiveram que se deslocar da Delegacia de Polícia Civil até o hospital municipal de Teixeira de Freitas, para socorrer três presos que passavam mal se queixando de fortes dores, chegando ao referido hospital preencheram a ficha de atendimento e se deslocaram com os presos até o pronto socorro.
Como o atendimento médico estava demorando e os presos da justiça apresentavam certo perigo tanto aos policiais que lhes acompanhavam, quanto aos funcionários do hospital e até mesmo aos pacientes, o policial civil Jaconias pediu autorização para se deslocar até o pronto socorro para verificar o que estava acontecendo.
Chegando ao pronto socorro encontrou o médico plantonista Ulisses Ramon Pereira Silva, que estava assistindo a um jogo de futebol, enquanto os pacientes aguardavam na recepção, ao perceber a presença do policial, o médico começou a tratar mal o agente de polícia, dizendo que ele teria invadido o pronto socorro sem a devida autorização e chegou a solicitar dos guardas do hospital, que retirassem o agente de polícia do local.
Mesmo depois que o agente de polícia informou ao médico de tudo que estava ocorrendo, ele se recusou a atender os presos dizendo que só faria o atendimento aos presos, se o referido policial deixasse a unidade hospitalar, algo que o policial jamais poderia fazer uma vez que se tratava de presos da justiça e presença policial era a garantia de que a ordem não seria quebrada.
Mesmo diante disso, o médico se recusou a atender os presos que tiveram que ser atendidos por outra médica, que acabou sendo solicitada ao local e após atender os presos verificou que um deles, o Márcio Teodoro da Silva, necessitava de engessar o braço esquerdo, enquanto o Adalto Santos Ferreira teve que passar pelo ortopedista e enfaixar o pé, o último preso, Maicon Douglas Aguilar Almeida, apenas passou por procedimentos médicos.
Esta não é a primeira vez que o médico Ulisses Ramon Pereira Silva, se recusa a atender presos da justiça que passam por problemas de saúde.
Diante da recusa, o delegado Júlio Cesar Telles encaminhou uma solicitação ao médico, para que comparecesse à sede da 8ª Coorpin a fim de prestar esclarecimentos sobre o ocorrido, que compareceu pouco depois de finalizar seu plantão no referido hospital.
Na delegacia o médico prestou informações ao delegado Júlio Telles, que decidiu por abrir um procedimento por omissão de socorro, que o médico passará a responder junto ao Ministério Público, quando serão ouvidos além dos policiais, os médicos e os atendentes do hospital, para que o caso fique esclarecido.
Na saída da delegacia, o médico se recusou a falar com a imprensa, dizendo que não tinha nada a declarar e também tratou muito mal os profissionais de imprensa que acompanhavam o fato.
Por Jotta Mendes/reportercoragem