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Menor que portava maconha é baleado com tiro de fuzil pela CAEMA em Caravelas

01/09/2013 - 00h04
Menor que portava maconha é baleado com tiro de fuzil pela CAEMA em Caravelas

O caso aconteceu na noite da última quinta-feira (30), mas a imprensa só conseguiu apurá-lo cerca de 24 depois, já que a vítima, após receber os primeiros atendimentos médicos em Caravelas, teve que ser transferida para o Hospital Municipal de Teixeira de Freitas (HMTF), pois seu estado de saúde necessitava de cuidados especializados, principalmente análise de um cirurgião.

O adolescente de 17 anos de idade, relatou à nossa reportagem que estava no bairro Damor da Cruz Alcântara, perímetro urbano de Caravelas, momento que avistou a aproximação de uma guarnição da Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (CAEMA). Por portar segundo ele duas buchas de maconha para seu próprio consumo, o mesmo relata que tentou fugir, momento que foi alvejado com um tiro supostamente de fuzil, esse que acertou-lhe na região das nádegas e o projétil transfixou na virilha. Sendo assim o disparo teria sido dado por trás.

Nesta sexta-feira (30) os familiares do adolescente, acompanhados por policiais da CAEMA, levaram o menor em uma maca de hospital à Delegacia da Polícia Civil de Teixeira de Freitas (DEPOL), já que o mesmo não consegue andar, onde foi registrada a ocorrência. Na sequência a vítima foi levada de ambulância para terminar o período de recuperação na casa de parentes em Caravelas.

Ainda da DEPOL a todo instante, profissionais de imprensa que chegavam para acompanhar o caso eram questionados pelos policiais da CAEMA sobre os motivos de estarem gravando entrevistas com o adolescente, pois os mesmos não tinham acompanhado o caso em Caravelas. A explicação seria que o adolescente atingido não estaria apenas com duas buchas de maconha e sim, uma quantidade maior de drogas. Até a manhã deste sábado (31) essa droga não tinha sido entregue à Delegacia da Polícia Civil de Teixeira de Freitas.

Especialistas de todo o país, especialmente após o sumiço do pedreiro Amarildo em uma favela pacificada no Rio de Janeiro, estão assegurando que a ação de primeiro atirar para depois saber de quem se trata ou do crime que a pessoa responde, é completamente condenável e contrária a todos os treinamentos militares, sejam eles direcionados para companhias especializadas ou não. A ação de atirar, segundo os especialistas, só seria justificável em caso de o criminoso estar armado e que ofereça perigo aos policiais.

Em relação ao caso aguarda-se para os próximos dias uma nota oficial por parte do comando da CAEMA, bem como um posicionamento do Ministério Público (MP), especialmente por tratar-se de um menor de idade. Não foi informado se o adolescente possuía alguma outra passagem por atos infracionais.

Fonte Teixeira News


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