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Morte do jornalista Gel Lopes completa 5 anos sem qualquer esclarecimento e entra para as estatísticas

27/02/2019 - 17h13

Quando os ponteiros do relógio apontarem para as 21h desta quarta-feira, 27 de fevereiro, o crime que vitimou o jornalista, radialista e ex-vereador, Jeolino Lopes Xavier, o Gel Lopes, de 44 anos, vai completar exatamente 5 anos, sem qualquer esclarecimento, o que impossibilita qualquer punição aos culpados.

O CRIME

Gel Lopes foi executado com 6 tiros de pistola .9mm às 21h de uma quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014. Naquela fatídica noite, o jornalista tinha acabado de sair do ‘Espetinho do César’, que fica na rua Águas Claras, sendo executado na rua da Saudade, no cruzamento com a rua da Pituba, cerca de 500 metros do local de onde ele estava anteriormente.

Gel Lopes estava acompanhado da sua namorada, Daniela Ferreira, e tinha acabado de deixar em casa o jornalista esportivo, Djalma Ferreira, que estava recém-operado; Djalma já tinha entrado em sua residência, já Daniela chegou a ser ferida na perna com um tiro de raspão.

No dia seguinte ao crime o delegado, Marcus Vinícius, responsável pelo caso na época, chegou a confidenciar que o crime estava 80% esclarecido.

Dois dias depois o ex-prefeito, João Bosco, interrompeu as comemorações do Carnaval, onde estava ladeado por secretários municipais da época em Guaratiba, veio à Teixeira de Freitas, foi a sede da delegacia de Polícia Civil, supostamente prestar depoimento e depois disso o crime foi praticamente esquecido.

6 meses depois do crime, após uma série de cobranças feitas por jornalistas, liderados pelo repórter, Jotta Mendes, o delegado chamou a imprensa à sede da delegacia de Polícia Civil e concedeu uma entrevista coletiva, quando descartou as hipóteses de crime passional e que o crime de Gel Lopes estivesse ligado ao tráfico de drogas.

Desde então, nunca mais se tocou na investigação sobre o crime.

Houve a designação de um delegado especial para o caso, que posteriormente foi promovido a um cargo no Departamento Estadual de Trânsito.

O caso voltou para Teixeira de Freitas, no entanto, nunca houve qualquer pronunciamento sobre as investigações.

Recentemente quando falava sobre casos de violência contra mulher em Teixeira de Freitas, a delegada, Valéria Fonseca, que hoje coordena a Polícia Civil, foi cobrada pelo repórter Jotta Mendes sobre as investigações e a única coisa que ela respondeu foi que já se debruçou sobre o caso por diversas vezes, no entanto, ainda não encontrou indícios de autoria do crime.

5 anos se passaram e a voz de um jornalista foi silenciada, ninguém sabe o motivo, razão, ou circunstâncias, só se sabe que se foi, consumido ele foi, quem esclarecerá o crime de Gel Lopes?


Por Jotta Mendes/Repórter Coragem

Edição Bell Kojima/Repórter Coragem

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