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Naldo Taxista e Alcione comandavam um esquema de venda e cobranças de drogas em Teixeira

07/01/2015 - 19h24
Isnaldo Goncalves dos Santos o Naldo

Uma ação policial chamou a atenção de toda Teixeira de Freitas, na tarde desta terça-feira, 6 de dezembro. Com direito a fuga em alta velocidade, tiros de advertência e muita especulação, a perseguição policial, que resultou na prisão do taxista, Isnaldo Gonçalves dos Santos, também conhecido como “Naldo”, 42 anos, parecia cenas cinematográficas.

Carro de Naldo

A princípio, quando a Polícia iniciou a perseguição, foi ventilada a informação de que Isnaldo, teria sido assalto e feito refém no próprio táxi, um GM/Cobalt, de cor prata, placa OLC 5933, no ponto de táxi onde ele trabalha. Alguns colegas imaginavam que a Polícia estaria perseguindo os supostos assaltantes, mas tudo não passou de informações desencontradas.

Na verdade, Isnaldo era o próprio suspeito, alvo de policiais da Delegacia de Tóxico e Entorpecentes comandados pelo delegado Marco Antônio Neves.

Entenda o casoIsnaldo Goncalves dos Santos o Naldo e Alcione Silva dos Santos

Durante o levantamento de investigações de um ponto de venda de drogas, Isnaldo foi avistado próximo à casa de Alcione Silva dos Santos, popularmente conhecida pelos apelidos de “Loira”, “Índia” ou “Cigana”, alvo de investigações, na Rua Afonso Pena, no centro da cidade.

Enquanto era vigiada, Alcione saiu do imóvel e entregou um pacote num saco plástico para o taxista, que passou a ser monitorado. Assim que entrou na Avenida Getúlio Vargas, os policiais tentaram abordar o suspeito. Isnaldo não obedeceu a ordem de parada e jogou o táxi contra um dos policiais, iniciando uma fuga alucinante. O suspeito passou por toda Avenida São Paulo e teve acesso à BR 101, onde passou em alta velocidade por três radares.

Os policiais realizaram disparos de advertência e também atiraram nos pneus do táxi. Mesmo com os pneus estourados, já na BA 290, sentido ao município de Alcobaça, Isnaldo continuou fugindo. Ele só foi alcançado próximo à ladeira da Fazenda Cascata, quando o carro já não tinha mais condições de trafegar.

Após a prisão de Isnaldo os policiais solicitaram apoio da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior e conseguiram prender Alcione ainda em casa.  Ela teria entregado para o taxista quase R$ 3 mil, dinheiro da venda de drogas, que estava escondido no assoalho do carro. No bolso de Isnaldo ainda tinha a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) e uma bucha de maconha.

Segundo o que apurou a DTE, Isnaldo e Alcione fazem parte de um esquema de venda e cobrança de drogas. Alcione seria responsável por recolher quantias menores, e entregá-las ao taxista, com um montante maior, Isnaldo esperava a ordem, através de mensagem de celular, para depositar o dinheiro em contas bancárias. Após o depósito, Isnaldo fotografava o final da transação e enviava para o “traficante chefe”. Depois, rasgava o comprovante de depósito, uma tentativa de não produzir provas da movimentação do tráfico.

Segundo o delegado Marco Antônio Neves, a Polícia continuará as investigações para chegar aos fornecedores e responsáveis pelas contas bancárias. Isnaldo e Alcione foram flagranteados e vão responder por associação ao tráfico de drogas. Eles permanecem custodiados na 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.Alcione Silva dos Santos

Alcione é mãe de Caíque Santos de Oliveira, assassinado aos 18 anos, em 6 de dezembro de 2013, na rua Laranjeiras, no bairro Tancredo Neves, em Teixeira de Freitas. No dia do crime, ele tinha acabado de descer de uma motocicleta juntamente com um amigo quando foi abordado por homens armados em um carro modelo Celta de cor branca. Os passageiros do carro desceram atirando e o acertaram com dez disparos. A vítima ainda tentou fugir, mas, foi perseguida e morta.Caique Santos de Oliveira

Caíque tinha várias passagens pela Polícia Civil por acusações de tráfico, tentativas de homicídio e assassinatos consumados.

Fonte Sulbahianews


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