Teixeira
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NHT elucida homicídio tentado contra adolescente no bairro Jerusalém

22/06/2019 - 14h42Por: Edvaldo Alves/Liberdade News

Elizeu Marinho, o Manso ou Terror

O Núcleo de Homicídio e Tráfico (NHT) da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), liderado pelos delegados, Manoel Andreetta e Bruno Ferrari, concluíram as investigações de mais um homicídio tentado em Teixeira e pediu arquivamento do inquérito policial pela incidência da extinção da punibilidade pela morte do agente, prevista no Art. 107 I do CP c/c Art. 62 do CPP.

Trata-se de um homicídio tentado contra um adolescente, na época com 16 anos, crime ocorrido na noite do dia 4 de novembro de 2017, através de disparo de arma de fogo que atingiu a vítima na perna, transfixando na região glútea.

O adolescente estava em um bar, no bairro Jerusalém, quando 5 indivíduos, apareceram de surpresa, e um deles, sacou um revólver e atirou na vítima, que escapou por pouco da morte, ao correr e se trancar no banheiro do bar, sendo socorrida ao Hospital Municipal de Teixeira de Freitas (HMTF) onde se recuperou posteriormente da lesão sofrida.

O delegado de plantão na época, encaminhou o caso ao NHT, que após o desenvolvimento das investigações, realizadas em conjunto com os investigadores, Sérgio Adriano e Alexandre Augusto, apuraram que a vítima estava envolvida com o tráfico de drogas no mesmo bairro.

Ainda segundo as investigações, o adolescente figurava, na época, como integrante do Grupo do Gueto, que na época, estava em guerra, disputando os pontos de venda e distribuição de drogas contra o grupo rival, o Grupo de Uilian, gerenciado por Elizeu Marinho, o Manso, (morto em confronto com a PM no dia 09/03/18).

“A equipe do NHT descobriu ainda que, na noite do crime, os integrantes do Grupo de Uilian, chefiados por Elizeu, na época com 24 anos; saíram pelas ruas dos bairros Jerusalém e Castelinho, todos com armas de fogo, com o objetivo de fazerem um ‘JET‘, ou seja, promoverem ‘ataques‘ contra os integrantes dos grupos rivais.”

O delegado, Manoel Andreetta, explicou ainda que o Elizeu, estava na companhia de 4 adolescentes, dos quais, dois foram identificados e um foi morto no dia 6 de dezembro de 2017. Neste momento, eles, ao passarem pelo referido bar, encontraram casualmente com o adolescente (vítima) e tentou contra a vida dele.

Com relação ao maior envolvido, o finado, Elizeu, o Terror, consta que ele ficou conhecido como um dos “matadores da 12”, que praticou assassinatos em série, ceifando a vida de várias pessoas, inclusive inocentes, quando então acabou sendo morto em confronto com a Polícia Militar no dia 20 de janeiro de 2018, não sem, antes, ter matado seu antigo comparsa e um dos autores do presente crime, um adolescente, na época com 17 anos, através de disparos de arma de fogo, fato ocorrido no dia 6 de dezembro de 2017, por causa de divergências relativas ao tráfico de drogas no bairro Castelinho.

Em razão disso, a equipe do NHT pleiteou pelo arquivamento do inquérito pela morte do autor, sem prejuízo ao andamento do BOC, instaurado para apurar as responsabilidades dos adolescentes envolvidos, oportunidade em que foi solicitado a internação provisória destes.

“O presente crime representa apenas um ‘capítulo’, de uma ‘novela macabra’, representada por uma série de crimes de homicídios, consumados e tentados, que vem se desenrolando ao longo dos anos, nos diversos bairros de Teixeira de Freitas e nos demais municípios da região, matando indiscriminadamente pessoas inocentes ou não, causando graves danos e prejuízos para as comunidades em geral, especialmente para os familiares das vítimas envolvidas”, finalizou o delegado.

Edição: Bell Kojima


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