Número de mortes durante o carnaval aumenta 23% em relação a 2016
BRASÍLIA — A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, nesta quinta-feira, o balanço das ações durante a Operação Carnaval deste ano. Entre 24 de fevereiro e 1 de março, acidentes graves vitimaram 140 pessoas, número 23,9% maior em relação ao registrado durante os dias de carnaval no último ano. Minas Gerais foi a região com o maior número de vítimas com 22 óbitos, seguido por Paraná, com 20 mortos e Bahia, com 14.
Apesar do aumento no número de fatalidades, os acidentes diminuíram em 5,3%, com 1.696 ocorrências, dos quais apenas 323 foram graves (com um morto ou gravemente ferido). Segundo o policial rodoviário João Francisco Oliveira, da coordenação de controle operacional, a maior parte dos acidentes graves foi ocasionado por ultrapassagens irregulares:
— A queda no número de acidentes é algo a ser celebrado, mas poderia ser mais expressivo com a combinação da fiscalização, ações educativas e do comportamento dos condutores. O aumento do número de mortos nos preocupou, mas as escolhas dos motoristas fazem toda a diferença.
Foram flagradas 11.825 ultrapassagens irregulares, o que representa um aumento de 26%. A falta de cadeirinha nos carros rendeu multas a 931 motoristas, número que cresceu 114%. Houve aumento de flagrantes por excesso de velocidade em 15%, totalizando 108.267 autuações. Todas as variações percentuais têm como referência os índices da operação do ano passado.
— Por melhor que seja a fiscalização e ações de educação, quem faz a diferença é o condutor e forma como ele se comporta. Apertar o acelerador, além do limite de velocidade seguro, é uma combinação que faz com que o número de acidentados aumente — afirma Oliveira.
Das 84.867 autuações realizadas, 2.019 foram por embriaguez ao volante, número 45% maior do que em 2016. Cerca de 89.920 motoristas passaram pelo teste do bafômetro, um aumento de 41,32%. Segundo João Francisoc, não foram paradas apenas pessoas com suspeita de alcoolismo, mas o teste foi feito em todos os motoristas parados como forma de conscientização. No total, 222,8 mil pessoas foram fiscalizadas, 13% a mais do que no ano passado.
— Não acredito que o consumo de álcool aumentou, mas sim que a fiscalização foi maior, assim como o número de testes realizados — opinou.
No combate a criminalidade, foram apreendidos 1,5 toneladas de maconha, 47,46 quilos de cocaína, apreensão de 133 mil maços de cigarro, a recuperação de 116 veículos e 800 presos, por atividades ilegais em geral.
Fonte OGLOBO