Polícia Civil esclarece homicídio de “Peu”, ocorrido em 2014 próximo a rodoviária de Teixeira de Freitas
A Polícia Civil (NHT da 8ª COORPIN) elucidou mais um homicídio consumado em Teixeira de Freitas. Trata-se do assassinato de Pedro Henrique Ferreira Santos, o “Peu”, 18 anos na época, fato ocorrido através de disparos de arma de fogo, que atingiram a vítima nas costas, no pescoço e na cabeça, no momento em que encontrava-se em via pública, no dia 25 de janeiro de 2014, na Av. Alice B. de Oliveira, antiga Rua Maria José Stuart, próximo à Rodoviária Nova, no Bairro Vila Caraípe, em Teixeira de Freitas. Os tiros foram efetuados por dois indivíduos que estavam em uma motocicleta Honda FAN, de cor preta, placa não identificada.
O caso permaneceu em aberto e sem autoria nos arquivos da Delegacia, até ser encaminhado ao NHT – Núcleo de Homicídios e Tráfico, aos cuidados dos delegados Manoel Andreetta e Bruno Ferrari, os quais, após o desenvolvimento das investigações, imprimidas em conjunto com os investigadores Sérgio Adriano e Alexandre Augusto, apuraram que a vítima estava envolvida com o tráfico de drogas no Bairro Vila Caraípe, e trabalhava como “menino de pista” para o grupo de traficantes denominado Grupo do Gueto. Na época, dois adolescentes infratores, que figuravam como integrantes do Grupo do Gueto, acabaram executando a vítima (Pedro).
Segundo o delegado Andreetta, os dois menores mataram a vítima, porque o Pedro, juntamente com seu irmão promoveram o chamado “Derrame”, ou seja, se apropriaram do dinheiro e de parte da droga tipo maconha, pertencente ao grupo que os mesmos haviam pego para vender. “Na ocasião”, a vítima encontrava-se em via pública, próximo à Rodoviária Nova, tomando sorvete com os amigos, quando os dois adolescentes se aproximaram com uma motocicleta, tendo o menor que estava no carona, responsável pelos disparos, que atingiram a vítima e a levaram à morte, ainda no local. O menor efetuou vários disparos contra a vítima, utilizando um revólver calibre 38 e fugiu na sequência.
Ainda segundo o delegado, antes do crime, os adolescentes haviam procurado intensamente pelo irmão da vítima pelo Bairro, que escapou da ação criminosa por pura sorte, por não se encontrar presente no local, no momento da ação. “Vale frisar que o adolescente que atirou, na época contava com apenas 13 anos de idade, e já havia praticado outro crime de homicídio consumado para o Grupo do Gueto, pelo mesmo motivo e nas mesmas circunstâncias, oportunidade em que, depois de descartado pelo seu próprio grupo, o menor acabou sendo vítima de tentativa de homicídio, quando então, fugiu para o Estado do Rio de Janeiro”, explicou o delegado.
Porém, ao retornar para este Município, já maior de idade, o autor dos disparos continuou a praticar crimes, não só neste Município, como na região, terminando por ser preso em flagrante delito no dia 17 de julho de 2-19, no município de Nova Viçosa, pela prática de crime de homicídio tentado. “A prisão e a morte precoce dos jovens e adolescentes em nossa comunidade, que ocorre principalmente nas famílias menos favorecidas e vulneráveis, constitui uma triste realidade social e traz graves prejuízos financeiros aos cofres públicos, assim como prejuízos psicológicos irreparáveis aos familiares dos envolvidos, um ciclo nefasto e vicioso que precisa ser quebrado através da adoção de políticas públicas pelos nossos representantes, que visem o resgate da pessoa humana”, esclareceu Manoel Andreetta.
Fonte Liberdadenews