Professora mata filha recém-nascida em praça ao sair da maternidade
A mulher suspeita de matar a filha recém-nascida e ocultar o corpo por 5 anos dentro de seu apartamento, em Setor Bueno, em Goiás, cometeu o crime logo após deixar a maternidade, em uma praça pública. Segundo a Polícia Civil, a professora Márcia Zaccarelli Bersoneti (37 anos), não queria a criança pois ela era fruto de um relacionamento extraconjugal.
De acordo com a delegada Ana Cláudia Stoffel, da DIH (Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios), responsável pelo caso, a suspeita confessou e deu detalhes do crime durante o seu depoimento.
“Ela foi liberada (da maternidade) no dia seguinte ao parto. Ela pegou o bebê e foi direto para uma praça, que era próxima. A suspeita conta que ficou sentada lá por muito tempo antes de matar a criança”, contou a delegada.
A vítima, segundo narrou a mãe, foi asfixiada.
“Ela disse que pôs o corpo dentro de uma bolsa e levou para casa. Depois, escondeu”, acrescentou Ana Cláudia.
O crime aconteceu em março de 2011. A delegada contou que, após ouvir testemunhas ligadas à vitima, concluiu que, provavelmente, ela conseguiu esconder a gestação por nove meses até o dia em que pegou dinheiro emprestado com um amigo de trabalho para pagar a maternidade.
“Ela escondeu a gravidez o tempo todo. Ela não teve acompanhamento médico, não fez pré-natal. Ela tentou comunicar o amante que estava grávida dele, mas ele não acreditou”, contou a delegada.
A suspeita também contou à investigadora que chegou a contar para o marido que estaria grávida, mas como ele era vasectomisado, pediu que ela “desse um jeito” na situação. O homem nega a versão.
“Ele diz que nunca desconfiou da gravidez e que esse conversa não aconteceu”, acrescentou a delegada.
Suspeita não teve coragem para descartar corpo
A mulher se separou do ex-companheiro em outubro do ano passado. Há poucos meses, a suspeita foi morar com um outro homem. O ex-companheiro, então, foi até o apartamento onde viveu com a ex para remover alguns pertences pessoais e fazer um trabalho de pintura. Foi quando ele encontrou a caixa onde o corpo estava escondido. O homem, então, acionou a polícia.
“A suspeita conta que pensou por várias vezes em como descartar o corpo, mas que não teve coragem de jogá-lo no lixo. Ela diz que se arrepende do crime e chorou muito ao narrá-lo”, acrescentou a delegada.
Para Ana Cláudia, ao que tudo indica a mulher agiu sozinha. Ou seja, não teve a ajuda de terceiros para matar a filha recém-nascida.
A suspeita foi presa, em flagrante, por ocultação de cadáver e homicídio. Ela tem ainda uma filha de 12 anos.