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Rebelião no Presídio de Eunápolis deixa seis mortos e sete feridos, famílias cobram explicações

28/04/2014 - 21h55
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Uma rebelião que começou no pavilhão A, no Complexo Penitenciário de Eunápolis, na manhã desta segunda-feira, 28, por volta das 09h40min culminou com a morte de seis detentos, deixando vários feridos. Familiares cobram explicações sobre os fatos graves, que ganharam repercussão nacional nesta tarde a durante a noite.

Durante todo dia de hoje, até o fechamento desta edição, por volta das 16 horas, do lado de fora do Presídio ouvia-se várias explosões de bombas de efeito moral e eram visíveis fumaças saindo da parte dos fundos daquele complexo. As mulheres e parentes dos presos permaneceram durante todo dia enfrentando os policiais, jogando pedras, e por voltas das 16 horas, uma camioneta da Fiat chegou próximo ao Presídio, carregada de pneus. As mulheres ainda tiveram tempo de jogar álcool na pequena barricada, sendo impedidas de consumar o ato pela polícia. Por pouco não houve incidentes de maiores proporções.

Já no final da tarde, por volta das 18h30min, o diretor do Presídio, major Gilson Paixão, convocou a imprensa e deu explicações, nada muito convincente. Mas pelo menos foi educado e cauteloso.Rebeliao Eunapolis3

Mais cedo por volta das 15h30, a presidente da subseção da OAB, Roberta Tutrut, confirmou a existência das mortes dos seis detentos. Um fato grave para a história dessa penitenciária que passou a receber presos em setembro de 2012.  O assunto ganha notoriedade em todo Brasil a tem repercussões negativas.

Além da presidenta da OAB de Eunápolis, estiveram no Presídio o juiz da Vara de Execuções Penais, Otaviano Andrade Sobrinho, e outras autoridades.

Além dos seis mortos, a diretoria do Complexo Penitenciário, disse que houve sete feridos, podendo ser maior o número de feridos, dentre eles, Udson Nascimento Jesus, 31 anos e Wagno Santos Porto. Todos estão internados do Hospital Regional de Eunápolis apresentado os mais diversos tipos de ferimentos.Rebeliao Eunapolis

A Polícia Militar garante que não atirou em nenhum preso e que as explosões foram provenientes das bombas de efeito moral. O clima ainda se encontrava tenso até o início da noite nas imediações do Presídio, com os familiares, a maioria mulheres, aguardando notícias sobre seus parentes.

De acordo com o capitão Tiago Cruz, que a todo tempo tentava conversar com as famílias dos detentos, todos os corpos já foram removidos para o Instituto Médico Legal. Existem muitas mulheres que ainda se encontram protestando e cobrando da diretoria da unidade, a relação dos nomes dos detentos mortos.Rebeliao Eunapolis4

Segundo o diretor do Presídio, após a revista das celas, no pavilhão A, no início da manhã, foi ordenado que os detentos retornassem para suas celas, guando um agente agiu da força desnecessária. Em razão dessa força, outro agente foi puxado para dentro da cela.  A Polícia Militar foi convocada para dar apoio à unidade prisional, o que provocou revolta. “O que houve foram cenas de vandalismo, depredação e violência por parte dos presos”, argumentou.

Quanto às visitas, só acontecerão depois que a unidade for reestruturada. Com relação às mortes, ele reafirmou que foram praticadas por grupos rivais dentro do pavilhão.

Fonte a Gazeta Bahia


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