Polícia

Réu é julgado e condenado a 16 anos, por ter matado por causa de R$ 10,00

28/03/2012 - 11h15

A justiça criminal da comarca de Nova Viçosa realizou nesta terça-feira (27/03), a primeira sessão plenária de julgamento deste ano no Fórum Desembargador Mário Albiani, quando o juiz substituto da comarca, Leonardo Santos Vieira Coelho presidiu o Júri Popular do mineiro de Pavão, João Ferraz Lima Filho, 56 anos, apontado como o principal autor do assassinato do andarilho Eduardo Batista do Nascimento, de 23 de idade na época de sua morte, ocorrida no final da tarde de quarta-feira do dia 20 de setembro de 2006, no distrito de Posto da Mata.

No dia do crime, João Ferraz Lima Filho e seu companheiro Clemente Cardoso da Silva, se abrigaram como andarilhos que eram, no interior de uma casa em construção na Avenida João Durval Carneiro, em Posto da Mata, distrito do município de Nova Viçosa. Momento em que apareceu a vítima, Eduardo Batista do Nascimento, com 23 anos na ocasião e pediu para que lá também ficasse com eles, cujo pedido foi aceito.

Mais tarde, João acusou Eduardo de ter lhe furtado a quantia de R$ 10,00 e os dois autores expulsaram a vítima do imóvel. Minutos depois a vítima retornou para esclarecer o ocorrido em que estava sendo acusado pelos dois desconhecidos, negando obviamente a prática do furto. Mas João insistiu na acusação e a vítima lhe desferiu uma tapa no rosto. Fora quando João se apossou de um pedaço de madeira e Clemente também, e ambos espancaram  Eduardo a golpes de pau até sua morte.

Por ocasião do crime os homicidas João Ferraz Lima Filho e Clemente Cardoso da Silva foram presos em flagrante delito por policiais militares de Posto da Mata. Dois meses após o crime, em 27 de novembro de 2006, um dos acusados, João Ferraz Lima Filho conseguiu fugir da carceragem da Polícia Civil de Nova Viçosa. Em 2007, o então promotor da comarca de Nova Viçosa, Fábio Fernandes Corrêa, ofereceu denúncia à justiça e no dia 4 de maio de 2007, o então juiz Eduardo Gil Guerreiro levou a júri popular somente o baiano de Mascote, Clemente Cardoso da Silva, hoje com 51 anos, no qual julgamento foi condenado a 12 anos de reclusão e hoje cumpre pena pelo homicídio no presídio do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas.

Mas no final do ano passado, o outro acusado foragido, João Ferraz Lima Filho, de 56 anos, que também já foi condenado  na comarca de  Carlos  Chagas  a 16 anos de reclusão por crime de homicídio, foi novamente preso recentemente em Minas Gerais pela prática de um crime de homicídio tentado e terminou sendo agora recambiado para Nova Viçosa para que o seu julgamento ocorresse em relação à morte de Eduardo Batista do Nascimento, acontecida em 20 de setembro de 2006, no distrito de Posto da Mata. O júri começou nesta terça-feira (27/03), às 10h no Fórum Desembargador Mário Albiani e só terminou com o veredicto final do juiz Leonardo Santos Vieira Coelho, às 15h50.

Na acusação atuou representando o Ministério Público, a promotora de justiça substituta da comarca, Milena Moreschi. Na defesa do réu, atuou o advogado Carlos Alberto Chaves, auxiliado  pela acadêmica do 5º  período  de direito da FASB,  Mona  Ghanem. O conselho de sentença foi composto por 1 homem e 6 mulheres, que acolheu a argumentação do Ministério Público de tese da prática de homicídio doloso por motivo fútil e com requintes de crueldade. O veredicto do juiz Leonardo Coelho foi expedido condenando o réu João Ferraz Lima Filho, a 16 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado a ser cumprido no presídio do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas.

Por Athylla Borborema/teixeiranews


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